100 vezes Neymar
Neymar ainda é amplamente reconhecido com um dos jogadores mais talentosos do mundo, mas é inegável que tem enfrentado percalços na carreira nos últimos três anos. Depois de liderar a seleção brasileira na conquista do ouro olímpico, em 2016, o atacante sofreu com lesões, uma acusação de estupro e desgastes com torcedores dos clubes que defendeu.
Nesta quinta-feira (10), às 9h de Brasília, o Brasil enfrenta Senegal. Será o 100º jogo de Neymar com a camisa da seleção, que mais uma vez vale como seu porto seguro. Ao atingir o número centenário, o atacante terá nos amistosos desta quinta e deste domingo, contra a Nigéria, o ambiente ideal para levar adiante a tentativa de reconstrução de carreira e imagem que ele começou na nova temporada.
Como? Usando um detalhe que nem mesmo todas as polêmicas envolvendo seu nome conseguem apagar: no grupo da seleção, Neymar é unanimidade. É querido entre jogadores, dos mais experientes aos mais jovens. O técnico Tite o define como imprescindível. Boas atuações com a camisa amarela podem ser passos importantes para que o atacante, aos poucos, mostre que o fantasma das lesões está ficando para trás. Se ajudarem a esfriar a revolta da torcida do PSG após o pedido para sair nesta janela de transferências, melhor ainda.
Eu estou na seleção vai fazer dez anos. Desde a primeira vez que eu pisei aqui, eu sempre tive muita responsabilidade e sempre fui um dos principais nomes, um dos que carregavam sempre... acho que... praticamente tudo nas costas".
Neymar
"Eu não me escondo disso. Se você for parar para pensar, analisar corretamente e ser honesto, nestes dez anos, eu sempre exerci meu papel muito bem na seleção. Enquanto aos críticos, ao que o Tite deixa de fazer por mim ou faz, acho que ele faz por todos os jogadores. Qualquer técnico que fosse treinador da seleção iria fazer o mesmo", disse o jogador, em Cingapura.
Aos 27 anos, Neymar sem dúvida já fez das suas. E também muitos gols pela seleção. Ganhou uma Copa das Confederações e uma Olimpíada. Mas ainda não definiu seu legado. Teve seu brilho em Copas do Mundo freado por lesões em 2014 e 2018. Terá pelo menos mais um Mundial pela frente, e está na corrida para se tornar o maior artilheiro da história do Brasil.