"Quando você perde um pai ou uma mãe, você vira órfão. Mas quando perde um filho, vira o quê?". As famílias das vítimas do incêndio do Ninho do Urubu ainda não encontraram esta resposta. Estão ocupadas em assimilar o que aconteceu. Amanhã (8) a tragédia completa um ano, e a dor é imensurável.
Algumas se agarram à fé, enquanto outras preferem falar sobre o filho como uma espécie de terapia. Ao mesmo tempo, a disputa pelas indenizações segue. O Flamengo fez acordo com três famílias e um pai, mas outras ainda devem entrar na Justiça contra o clube carioca.
Um ano após a tragédia, há também aqueles que conseguiram escapar. Para eles, a vida continua. Nunca da mesma maneira. Mas o futebol voltou à rotina dos três feridos, e os nomes dos meninos que se foram estão marcados em sua memória e na pele de alguns deles para sempre. Independentemente do que viveram nas dependências do Centro de Treinamento em 8 de fevereiro do ano passado, o clube rubro-negro ainda é visto como um caminho para o sonho de jogar futebol.