Há exatos cem anos, em 1921, um grupo de colonos italianos fundava, na então jovem capital Belo Horizonte, a Società Sportiva Palestra Itália. Na década de 1940, por impactos da Segunda Guerra Mundial, o time mudou de nome e se tornou o Cruzeiro Esporte Clube, que vai atravessar o ano de seu centenário vivendo a maior crise de sua história.
Com o empate diante do Cuiabá, na última partida de 2020, as chances do Cruzeiro voltar à série A se tornam praticamente nulas. Se confirmar o fracasso, a Raposa será o primeiro time grande da história do Brasileiro de pontos corridos a não voltar à elite no ano seguinte à queda.
Erros de administração recorrentes, suspeita de desvios de dinheiro e atuação ilícita de dirigentes e empresários moldaram a crise profunda do clube, que entristece referências históricas cruzeirenses.
Tostão, considerado o grande ídolo dos cem anos de Cruzeiro, o "Príncipe" Dirceu Lopes, o ponta-esquerda Joãozinho, que fez o gol do título do primeiro título da Libertadores, e Ricardinho, recordista de conquistas com a camisa estrelada, lamentam a fase e o centenário em crise. Mas acreditam que ainda é possível ver nascer um novo Cruzeiro.