Às vésperas da Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia, o Brasil chega no melhor momento da história na modalidade, mas isso não quer dizer que seja bom. Em crescimento constante, o cenário nacional ainda esbarra na falta de profissionalismo, pouco espaço e preconceitos.
"Eu vejo e está muito clara a evolução do futebol feminino. Não só no Brasil. No mundo inteiro. Os olhos já estão voltados para o futebol. É um outro olhar. É um olhar de mais cuidado. De mais detalhes. É uma Copa onde todo mundo está ansioso para ver o futebol feminino. Ver tudo que a gente pode dar. Acredito que tem muitos pontos ainda a serem melhorados. Mas é um grande passo. E essa Copa do Mundo vem aí para a gente mostrar que merecemos o que está acontecendo", disse Antonia, defensora da seleção.
Uma pesquisa divulgada em julho feita pela Centauro, em parceria com a Consumoteca, revelou que somente três a cada 10 mulheres sonham em se tornar atletas profissionais. O baixo interesse comparado aos homens está ligado principalmente à desvalorização, sexualização e desinteresse pelo esporte feminino competitivo.
Para explicar o desenvolvimento tardio e a passos lentos, é preciso analisar uma série de fatores que levaram o futebol feminino a ainda discutir a falta de investimento em 2023. Há um fator histórico que ajuda a elucidar a demora: o Decreto-Lei 3.199 de 14 de abril de 1941.