Hernán Crespo é um "tipazo", como dizem os argentinos. Um cara legal, de fala fácil, daqueles que dá vontade de puxar uma cadeira ao lado e ouvir suas histórias como profissional de altíssimo nível na Europa e na América do Sul, mas transmitidas com a simplicidade de quem toma um café com um amigo.
O técnico são-paulino de 45 anos surpreendeu muita gente no último sábado ao falar um português bastante competente para os seus dois meses de trabalho no Brasil. Tal empenho não espantou quem conhece sua trajetória. Crespo desde cedo chamou atenção na Argentina por seu gosto pelos estudos e pela cultura. Ainda adolescente, dava entrevistas como o mais ponderado adulto e era mostrado aos jovens como exemplo a seguir. Até o autoritário treinador Daniel Passarella se rendeu, dando a ele um apelido que perdura. Para seus compatriotas, Crespo continua o "Valdanito", aquele que quando fala faz lembrar o ex-atacante Jorge Valdano, tido pelos vizinhos como um dos jogadores mais inteligentes da história.
Para mostrar ao Brasil essa face desconhecida, o UOL revirou arquivos argentinos das entrevistas de Crespo à revista El Gráfico, aos jornais "Clarín", "La Nación" e "Olé", ao portal Infobae e às TVs como ESPN, TyC Sports, Telefe, El Trece e America.