A postura dos jogadores, em especial dos jovens, foi a segunda resposta mais citada entre os jogadores entrevistados —foram seis. Desde atletas que "ganham mais do que jogam" ao excesso de "mimimi" e de aparição nas redes sociais, por exemplo.
Flávio Kretzer, ex-goleiro do São Paulo, questionou os boleiros atuais: "Hoje jogador de futebol nem começou a jogar ainda, não está nem no profissional e já tem um monte de tatuagem, dois celulares e um monte de coisa aí. O que eles menos se preocupam é jogar futebol".
"Garotos ganhando milhões e às vezes o futebol não condiz com o que ganham. Então a gente torce pra que os atletas aí se doem mais", diz Camanducaia, ex-Santos. "Muita internet, muito mimimi, muita exposição. O jogador hoje não fala, não dá entrevista...", analisa Ewerthon.
Mas a resposta mais curiosa ficou a cargo de Tinho, ex-zagueiro do Vasco... Lembra dele? Se liga no que tira ele do sério:
São esses jogadores que jogam futebol com shorts parecendo uma sunga. Você não tem ideia de como isso me irrita! Esse tal de Rafinha, do Flamengo [na época], é o que mais me irrita. Quando ele estava lá no Bayern, não jogava desse jeito. É melhor dar uma sunga pra ele! Eu comentei isso com a minha esposa... Pô, ele bota o short lá em cima... Pra que isso? Isso me irrita profundamente no futebol de hoje".
A opinião de Candinho, ex-técnico e jogador, também não ficou muito atrás. "Ficar com a bola nesse tic-tac do Guardiola. O Guardiola pode fazer esse tic-tac lá com os maiores jogadores do mundo que eles contratam, mas aqui, com essas pernas duras, você acha que esses caras vão jogar igual ao Barcelona? E aqui a gente tem essa mania, tá louco, isso aí é horrível! Aí o Felipão, quando mandava o cara dar aquele chutão, muitos o criticavam... Os nossos zagueiros não têm essa qualidade de sair jogando que nem na Europa, não adianta", analisou.