Fenômeno na internet, Fábio Braz usa a voz grave e o sorriso largo para levar um "open bar de alegria" às centenas de milhares de seguidores que possui. São 112 mil só no Instagram, mais alguns no OnlyFans, sua mais nova empreitada. De maneira despretensiosa, o menino tímido da periferia na zona sul de São Paulo virou o "melhor amigo" de Romário e um dos maiores arquivos vivos de histórias do mundo da bola.
Não conhece? Tudo bem: como zagueiro, ele mostrava muito mais força que técnica e quando vestia as camisas de Vasco e Corinthians, os grandes clubes que defendeu, não é exatamente lembrado por jogadas plásticas. O que fez depois da curta carreira no futebol, porém, é o que chama a atenção.
Entre páginas de humor, academia, Onlyfans, boates, campos de futebol e eventos, Fábio Braz abriu seu open bar de histórias ao UOL Esporte na Barra da Tijuca, onde mora. Lembrou dos ex-companheiros Valdiram e Jobson, das escapadas e "rebotes" com Romário, mas também falou de coisa séria: violência doméstica, ausência do pai, dificuldades na infância e na carreira de jogador, sem empresários. Embora esteja longe de ter feito um "pé de meia", mostrou-se realizado, sobretudo pelo início de vida sem trabalho fixo.
Já vendi picolé, caldo de cana, trabalhei em quitanda, loja, marcenaria, em festa infantil, um monte de coisas. Eu me vestia de Mickey, super-herói, do que precisasse. Ganhava pouco, mas ajudava minha mãe. Não é qualquer um que joga no Vasco e no Corinthians. Eu venci. Consegui aquilo que eu me propus a fazer. Realizei todos os sonhos da minha mãe enquanto ela esteve viva."