Em meio aos astros do elenco do Flamengo, um jogador de 1,93m se destaca. Pablo Marí é o mais improvável dos atletas rubro-negros que decide, no próximo sábado (23), a Copa Libertadores da América contra o River Plate, no estádio Monumental de Lima.
"Aqui é outro mundo. Vou jogar uma final de Libertadores", diz, sem esconder que ele próprio concorda com a afirmação de que sua história no Fla é única.
Não é pra menos. No primeiro semestre, Marí era zagueiro do Deportivo La Coruña e jogava apenas Série B do Campeonato Espanhol. Com 26 anos, chegou à Gávea com apenas 32 jogos de experiência em ligas nacionais de primeira divisão. Foram 31 jogos pelo NAC Breda, na Holanda, e uma única partida (em que atuou por apenas quatro minutos) pelo Mallorca, na Espanha. De resto, sua experiência se resumia à segunda divisão em clubes em que atuava emprestado.
Marí foi comprado pelo Flamengo em julho e, agora, pode se igualar ao italiano Dante Mircole e ao tcheco Christian Rudzky como os únicos europeus a vencer a Copa Libertadores. O primeiro o fez pelo Independiente (ARG). O segundo, pelo Estudiantes (ARG). É isso mesmo: Marí pode se tornar o primeiro europeu campeão da Libertadores da história por um time brasileiro.
Vir para o Flamengo mudou a minha vida. Poder disputar uma final de Libertadores e fazer história é algo muito grande. Não teria a possibilidade de brigar por algo assim com as outras opções que tinha. Estou totalmente feliz com a decisão de vir para o Flamengo".
Nesta entrevista, o espanhol fala sobre como chegou ao Fla, o impacto que teve no Maracanã, a experiência com Jorge Jesus e ambiente antes da decisão. Confira: