Amanhã (7) e sábado, a Liga dos Campeões da Europa define os últimos quatro times que vão avançar para as quartas de final e viver uma experiência inusitada em nome do título mais importante de clubes do planeta. A partir da próxima fase serão jogos únicos na cidade de Lisboa, em Portugal. Uma espécie de Copa do Mundo reduzida, adaptada ao contexto da pandemia —com isolamento social e sem deslocamentos.
Serão duas semanas de grandes craques, golaços, jogadas espetaculares e muita emoção em três partidas no estádio José Alvalade e quatro no Estádio da Luz. A final está marcada para a casa do Benfica no próximo dia 23. O centro do futebol mundial dos próximos dias é um palco já acostumado às grandes histórias.
Lá aconteceu, por exemplo, o jogo que Pelé já disse considerar o melhor de sua carreira. Em outubro de 1962, o Santos levantou o primeiro título mundial de um time brasileiro no Estádio da Luz ao golear o Benfica por 5 a 2. Foram três gols do Rei do Futebol. É um dos jogos eternos da história do esporte, como registra a "Folha de São Paulo" do dia 12: "o único título que ainda faltava ao Brasil para consolidar a sua posição de líder incontestável no futebol mundial".
O estádio do Benfica guarda outras grandes memórias, como uma derrota da seleção brasileira para a portuguesa em final de campeonato, um título inédito e inesperado da Grécia na Eurocopa de 2004 (contra Portugal de Felipão, aliás), o início da soberania do Real Madrid, além do auge de craques como Eusébio e Coluna e até um show inesquecível da cantora Daniela Mercury para quase 60 mil pessoas na época em que o local foi demolido e reconstruído.
O delírio da plateia enquanto a brasileira cantava "Vermelho", composição de Chico da Silva também conhecida na voz de Fafá de Belém, é lembrado até hoje. Agora, o Estádio da Luz está pronto para construir novas memórias com sua Copa do Mundo em vermelho, vermelhaço, vermelhusco, vermelhante, vermelhão.