Mais que um patrocínio

Do choro dos cartolas a um time campeão: como há 30 anos Palmeiras e Parmalat criaram uma parceria de sucesso

Diego Iwata Lima Do UOL, em São Paulo DOMICIO PINHEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Faltavam dois meses e seis dias para o Palmeiras completar 17 anos sem títulos quando Evair correu de braços abertos para uma das bandeiras de escanteio do Morumbi depois de balançar as redes do goleiro Wilson.

Mais de uma dezena de milhões de alviverdes estavam naquele momento libertos por aquele que era o quarto gol do time na goleada sobre o Corinthians que faria do Verdão o campeão paulista de 1993. Mas se é verdade que se oficializou ali, também é fato que a conquista começou muito antes.

O Plano Cruzado, pacote econômico de José Sarney, teve papel decisivo na conquista. Foi por causa dele que Gianni Grisendi, presidente da Parmalat para a América Latina, conheceu Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, secretário de politicas econômicas do primeiro presidente civil do Brasil em 22 anos.

E num almoço em São Paulo, surgiu o embrião do maior experimento de marketing do futebol brasileiro —único em seu formato, ainda mais singular na amplitude de seu sucesso. Palmeiras e Parmalat tiveram uma co-gestão do futebol do clube. Mas, na prática, o que houve naqueles oito anos foi uma simbiose, quase uma fusão, para muito além do dinheiro dos investimentos e até dos títulos.

A Parmalat foi muito mais que um patrocinador, um parceiro do Palmeiras. A multinacional foi e é parte também da história afetiva do clube. Uma empresa italiana como o Palestra Itália, que estendeu a mão e os dólares a um fratello que precisava de alguém para lhe guiar de volta às conquistas. E que, não à toa, ainda é venerada por torcedores que veem naquelas letras azuis e depois brancas, cravadas no manto verde, o sinônimo de Palmeiras campeão.

DOMICIO PINHEIRO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE
MAURILO CLARETO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

'Muitas felicidades, mais um ano na fila'

Dizem os relatos que mais de 40 mil pessoas estiveram no Estádio Palestra Itália, que então comportava pouco mais de 30 mil, em 18 de agosto de 1976. Era como se os palmeirenses soubessem que aquela vitória por 1 a 0 sobre o XV de Piracicaba, que rendeu ao clube o Campeonato Paulista de 1976, com gol de Jorge Mendonça, seria uma despedida entre o clube e os troféus.

Estará mentindo o palmeirense que disser que nunca sentiu um misto de raiva e vergonha com os adversários cantando "Parabéns pra você", trocando o verso "muitos anos de vida" por "mais um ano na fila", precedido por uma contagem progressiva que normalmente atropelava o número certo, dando a entender que o calvário perduraria por mais tempo.

O Palmeiras esteve muitas vezes perto de quebrar o tabu. Em 1978, fez do Guarani do jovem Careca o primeiro campeão brasileiro vindo do interior. Em 1986, estava com a festa pronta quando Dennys deu um gol de presente para a Inter de Limeira sair do Morumbi campeã estadual. Em 1989, perdeu o Paulista por detalhes ao ser eliminado quase invicto numa chave que tinha Bragantino e Novorizontino. No Brasileiro, perdeu um jogo para o maior rival que levou o Vasco à decisão contra o São Paulo.

Eram tempos de muita luta de bons times que tropeçavam em cascas de banana invisíveis, que se tornavam ainda maiores a cada ano. Em 1990, com Telê Santana, mais uma vez Brasileiro e Paulista passaram muito perto de retornar ao bairro da Vila Pompeia. Assim como em 1991, já com Evair, e em 1992, no primeiro ano da Parmalat, quando só o campeão mundial São Paulo foi capaz de brecar o Verdão na final do Paulista.

CÉLIO JR/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Por que não o Palmeiras?

Como secretário de políticas econômicas do Governo Sarney, em 1986, Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo, também conselheiro do Palmeiras, recebeu em seu gabinete o executivo Gianni Grisendi, presidente da Parmalat para a América Latina à época.

Grisendi queria que Belluzzo influenciasse o Ministério da Fazenda, comandado por Dilson Funaro, para acabar com o congelamento de preços implantado pelo governo. Belluzzo negou, mas criou vínculo de amizade com o executivo. "Ele me agradeceu. Disse que eu era o primeiro a não lhe pedir propina no ministério", contou Belluzzo ao UOL Esporte.

Anos mais tarde, num almoço de amigos, Grisendi confidenciou a Belluzzo que a empresa italiana pensava em comprar um clube brasileiro, o Paulista de Jundiaí, cidade paulista colonizada por italianos.

"Ele perguntou o que eu achava, porque eu era 'do futebol'. E eu retruquei: 'Por que não tenta o Palmeiras? Não ganha nada e está sem dinheiro...", disse Belluzzo. No clube alviverde, porém, o projeto teria de ser uma co-gestão. Ninguém, a começar pelo estatuto, permitiria uma venda.

"Ele falou que o Palmeiras era muito complicado, e eu disse que iríamos trabalhar para ver o que era possível, se ele quisesse", revelou. Tendo como companheiros os conselheiros Paulo Nicoli e Clodoaldo Antonamgelo, Belluzzo começou o trabalho de convencimento do então presidente Carlos Facchina Nunes. Que, por sua vez, tinha de convencer os irascíveis conselheiros palmeirenses.

Deu certo. Em 7 de abril de 1992, Sociedade Esportiva Palmeiras e Parmalat assinaram contrato e começaram, juntas, a comandar o futebol do clube.

A parceria que tinha dois anos de duração inicialmente foi três vezes renovada para se encerrar com oito anos e 11 títulos: Copa Libertadores (1999), Campeonatos Brasileiros de 1993 e 94, Copa do Brasil (1998), Copa Mercosul (1998), Campeonatos Paulistas de 1993, 94 e 96; Torneios Rio-São Paulo de 1993 e 2000 e uma Copa do Campeões (2000).

Choro e protestos

Sob protestos e com conselheiros literalmente chorando porque o Palmeiras estava "se vendendo", a aprovação levou um tempo para acontecer. Antonangelo, Belluzzo e Nicoli trataram do tema com várias esferas do clube, como por exemplo as torcidas uniformizadas. A ideia era explicar e desmistificar a ideia de entreguismo e mostrar o tamanho do benefício.

"Não houve tanta oposição inicialmente", relembra Belluzzo. "A oposição começou depois que o acordo foi feito", conta o economista.

O Palmeiras jogou pela primeira vez com o logotipo da empresa na camisa em 26 de abril de 1992, pelo Campeonato Brasileiro. É simbólico que o Cruzeiro, também um clube fundado por italianos sob a alcunha de Palestra Itália, tenha sido o adversário. E o Palmeiras venceu por 1 a 0, com gol de Paulo Sérgio, um dos primeiros reforços trazido pela empresa.

Num Brasileiro em que teve momentos de briga para não cair, o Palmeiras ficou a três pontos da vaga na segunda fase. Como a conquista do título não veio em um estalar de dedos, o terreno estava propício para reclamações.

"Era uma situação difícil. Eram 15 anos sem título. Havia desconfiança, baixa autoestima. Ninguém servia e ninguém prestava. E os torcedores não entendiam o que seria a parceria e pichavam 'Parmalat é ilusão!' e 'Fora, Brunoro'", contou à reportagem José Carlos Brunoro, o executivo da Parmalat que comandou a co-gestão de 1992 a 1995.

Mas pouco a pouco foi ficando difícil brigar com fatos. Não demorou para que o acordo começasse a se mostrar vantajoso para o Palmeiras. Em oito meses, o clube, agora vestindo verde-claro e camisas listradas, voltava a uma final depois de seis anos, no Paulistão. Mais um vice. Mas era impossível não ver que o caminho com a parceria era o certo.

NORMA ALBANO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE NORMA ALBANO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Com qual camisa eu vou?

Verde-abacate, verde-água, verde-diarreia... Não faltaram maneiras jocosas de definir o novo uniforme do Palmeiras adotado após a assinatura do contrato com o a Parmalat. Mas nem dá para culpar muito os detratores. O novo manto confeccionado pela Adidas era realmente novidade demais para um clube que, por 78 anos, vestira como uniformes variações de verde-escuro e branco.

A ruptura era proposital. A Parmalat e o Palmeiras queriam mostrar que começava ali um novo momento para o clube. Não só isso. Era preciso dar maior exposição ao logo da Parmalat. Usar a cor original da marca, o laranja, era um pouco demais e, num fundo verde, impossível, mesmo dentro de uma "caixa branca".

Um tom de azul, terceira cor oficial do Palmeiras, porém, era uma solução aceitável e carregada de história. O logo saltava aos olhos junto do verde claro. E as listras verticais alongavam os jogadores, segundo estudos da época. Era também uma maneira de valorizar os jogadores no mercado, ao fazê-los parecerem mais altos.

Contudo, o modelo revolucionário, cuja criação também teve o dedo de Belluzzo, teve vida curta, do modo em que foi concebido. As reclamações quanto à cor da camisa foram ouvidas. E, mesmo com a Adidas, as listras verdes foram gradualmente escurecendo.

Até que, sem qualquer alarde, em 3 de abril de 1993, a quatro dias do primeiro aniversário da co-gestão, o Palmeiras foi a campo contra o Santos com uma camisa ainda listrada, mas com listras brancas bem mais estreitas que as verdes, agora bem escuras.

E, em vez da Adidas, a marca estampada no lado direito do uniforme agora era a da Rhumell, criada por um empresário brasileiro para atender o Palmeiras, que ficou no clube até 2002, dois anos depois da saída da Parmalat. Nascia ali um dos uniformes mais icônicos da história do clube. Foi com ele que o Palmeiras saiu da fila em 12 de junho de 1993.

MARCOS MENDES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE MARCOS MENDES/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

As primeiras contratações antes do esquadrão

Os reforços do Palmeiras dos primeiros meses da co-gestão com a Parmalat não foram muito empolgantes. Embora o ponta Paulo Sérgio tenha sido primeiro a fazer gol pelo clube, o primeiro contratado foi o meia Jean Carlo, do Matsubara-PR. Desconhecido, numa era pré-internet, ele foi inicialmente chamado de Giancarlo por alguns jornais, algo mais italiano, para casar com o Palmeiras-Parmalat.

Ambos estiveram na primeira barca de reforços, junto com outros nomes com menos peso do que se imaginava inicialmente —e que corroboravam a ideia de que a Parmalat vendia ilusão ao torcedor. Além da dupla, o centroavante Sorato, o zagueiro Edinho Baiano, os pontas Carlinhos e Gilson e o lateral Jefferson chegaram ao clube num primeiro momento.

Mas a Parmalat tinha outras cartas na manga. Os primeiros nomes a impressionar o palmeirense foram Cuca, então um meia-atacante de enorme fama no futebol do Rio Grande do Sul. Também vieram Zinho, ponta de seleção brasileira revelado pelo Flamengo, e Mazinho, ex-Fiorentina e Lecce, jogador de Copa do Mundo. Além de Maurílio, ponta do Paraná Clube, pedido por seu ex-técnico Otacílio Gonçalves, o Chapinha.

O time que perdeu a final do Paulista para o São Paulo era um meio a meio de jogadores do Palmeiras e da Parmalat: o goleiro César, o zagueiro Toninho, o lateral Dida, o volante Daniel Frasson, César Sampaio e Evair eram do Palmeiras. Edinho Baiano, o agora meia Carlinhos, Zinho, Mazinho e Cuca, da Parmalat.

Mas foi em 1993 que a Parmalat virou a chave. Em uma só tacada, chegam ao Palmeiras Antônio Carlos [Zago], ex-São Paulo, que estava no Albacete; Roberto Carlos, do União São João, mas já na seleção; Edmundo, maior revelação do Vasco desde Romário, também na seleção; e Edilson, meia-atacante do Guarani desejado por todos os clubes do Brasil. Aí, a coisa começou a ficar séria.

DJALMA VASSAO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE DJALMA VASSAO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

Conquistas, decepções e o incrível time dos 100 gols

Um bicampeonato paulista e um bi do Brasileiro (1993-1994), com o redivivo Rio-São Paulo de 1993, de quebra, foram os primeiros títulos da parceria. Mas no meio de 1994, uma decisão absurda do então presidente Mustafá Contursi quase colocou tudo a perder.

O Palmeiras massacrara o então defensor do título São Paulo no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores de 1994. O placar em 0 a 0 foi uma mentira sustentada pelo maior jogo da carreira do goleiro Zetti, que fez mais de 20 defesas salvadoras naquela tarde.

Mas entre este jogo e a volta, havia nada menos que a Copa do Mundo. Mustafá foi ser chefe da delegação brasileira nos EUA. E mandou o Palmeiras para uma inexplicável excursão para Japão e Rússia, marcada para terminar na véspera do jogo de volta com o São Paulo. A empresa era contra a turnê. Mas, no acordo, o voto de minerva em caso de impasse era do clube.

A parte russa da viagem foi uma roubada, uma aventura por um punhado de dólares. E a parte japonesa, completamente desnecessária.

"A gente viajava pelo interior da Rússia com aqueles aviões de guerra, em que você senta de frente um para o outro, com assentos iguais ao de um sofá", conta Jean Carlo. "Descíamos em campos de treinamento militar, não eram nem aeroportos de verdade", diz o ex-jogador.

Sem saber se era dia ou noite quando chegaram ao Brasil, os palmeirenses perderam por 2 a 1, com dois gols de Euller.

A fúria da Parmalat com a decisão amadoresca do clube não foi pequena. A ponto de Gianni Grisendi deixar de atender as ligações de Mustafá, que teve de recorrer a Belluzzo para poder falar com o empresário. Grisendi queria colocar fim no acordo, mas foi contido.

Talvez tenha sido por isso que o time de 1995 tenha sido um dos menos vistosos dos oito anos de parceria, com investimentos baixos e a chegada de jogadores veteranos, como Müller e o centroavante Nilson, e de nomes que já haviam rodado o Brasil sem sucesso, como Válber, ex-companheiro de Rivaldo no Mogi Mirim.

Mas deste time surgiu a base de uma das equipes mais espetaculares do futebol brasileiro moderno, o Palmeiras dos 100 gols do primeiro semestre de 1996. Foi de fato uma seleção nacional, com Cafu, Cléber, Flávio Conceição, Djalminha, Rivaldo, Luizão e Müller. Que acabou ficando só com o Estadual, derrotada na final da Copa do Brasil pelo Cruzeiro, em pleno Palestra Itália.

Em 1997, ainda com a Libertadores na mira, o Palmeiras voltou a se reforçar e trouxe Felipão para comandar um projeto que tinha como objetivo erguer a taça continental. Antes disso, ele ganharia ainda a Copa do Brasil e Mercosul de 1998.

Em 16 junho de 1999, enfim, a América de um Palmeiras novamente vestindo verde-escuro, prenunciando que, a despeito do sucesso, a Era Parmalat ia chegando ao fim. No fim do ano, a derrota para o Manchester United (ENG) no Mundial, encerrou as chances de a co-gestão realizar seu maior sonho, que era conquistar o planeta.

Tempos ruins para o time e para a empresa

Em fevereiro de 2000, Gianni Grisendi deixou a Parmalat. E Miguel Borzone, o executivo uruguaio que o substituiu, não era entusiasta do despejo de dólares no Palmeiras. A empresa, afinal, realizara seu plano inicial e também comprara o Paulista de Jundiaí, agora Etti Jundiaí. Se fosse para gastar, seria com o Etti. A Parmalat foi tirando o time de campo no Palmeiras. Até que comunicou o clube de que não haveria renovação.

É sintomático que o último jogo da Parmalat no Palmeiras tenha sido a final da Copa Mercosul de 2000, num dos jogos mais espetaculares do Parque Antarctica, mas que terminou com uma dura derrota para o Palmeiras: 3 a 4 de virada para o Vasco de Viola, Romário, Euller e Juninho(s), entre outros.

Era uma segunda e dura derrota para um time que havia perdido a final da Libertadores para o Boca Juniors meses antes e dado adeus a Felipão. O treinador foi embora do clube pouco depois de conquistar o Rio-São Paulo e deixou o eterno escudeiro Murtosa no comando da equipe que ganhou a Copa dos Campeões, última conquista da parceria, e se classificou para a Libertadores do ano seguinte.

Em 2001 começava uma nova era no clube. Que, de início, até se mostrou alentadora, com o time reforçado e avançado até a semifinal da Libertadores, mesmo sem um patrocinador na camisa. Aos poucos, porém, foi aparecendo o tamanho do buraco.

Sentado em cima dos dólares da multinacional, o Palmeiras não se modernizou, não sanou as finanças e não investiu na base, algo que a Parmalat queria ter feito, mas que o clube reservou para si com medo de a Parmalat "roubar" seus talentos.

O rebaixamento à Série B dois anos após o fim do acordo, bem como o que viria em 2012, foram as amostras finais de que o Palmeiras se perdera nos anos em que poderia ter se estruturado para permanecer uma potência. Algo que só voltou a ser de fato e de modo consistente em 2015, quando começou a lucrar com o Allianz Parque -também idealizado por Belluzzo- e a colher frutos de um saneamento financeiro tocado por Paulo Nobre, que culminou com a chegada da Crefisa ao clube.

Quanto à Parmalat, os anos seguintes ao fim não foram menos tristes. Em 2003, a multinacional entrou em crise mundial e faliu por conta de uma fraude fiscal bilionária. A empresa devia mais de R$ 75 bilhões, na conversão atual. No Brasil, a empresa faliu em 2005. Em 2011, a francesa Lactalis comprou a operação global da marca, pouco tempo depois de Calisto Tanzi, o fundador da Parmalat, ser preso.

Curiosamente, foi em 2015, ano em que o Palmeiras renasceu no futebol com a conquista da Copa do Brasil, que a Parmalat voltou a operar no varejo brasileiro.

EDU GARCIA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE EDU GARCIA/ESTADÃO CONTEÚDO/AE

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