Quando o despertador tocou às 6h30, sentia dor em tudo. Da panturrilha até o antebraço. Logo abaixo da nuca, descobri um inchaço que, alguns dias depois, viriam a me dizer que se tratava de um pequeno corte. Tudo isso formava o resultado de quatro horas ao lado da velocista Vitória Rosa, a mulher mais rápida do Brasil, em um treino sob o comando do técnico da seleção brasileira de atletismo, Katsuhico Nakaya.
Ele me colocou para fazer as mesmas coisas que Vitória fazia, mas com carga menor, um número menor de séries e com distâncias percorridas menores. Mesmo com tanta coisa a menos, o que eu senti foram dores em mais músculos do que eu imaginava existir no meu corpo. Passei por aquecimento, exercícios de coordenação motora, fundamentos, musculação e cardiovascular.
Rotina de um atleta vivenciada por apenas um dia. Eu faço exercícios físicos diariamente em uma academia. Imaginei que ao menos não passaria vergonha. De fato, não passei, mas só porque Naka e Vitória foram muito legais e adaptaram o treino à minha realidade.