"O que o cara tem que tentar fazer é minimizar a perda física trabalhando o peso do corpo e usando o que tiver em casa: um aparelho, uma borracha, uma bola, o que tiver. Aí é improvisar. A variedade de exercícios com o peso do corpo é muito grande e pode reforçar tua musculatura de maneira que vai o beneficiar quando voltar ao clube", explica Lucas Kruel, que também trabalha com Douglas Costa, da Juventus, entre outros jogadores. Os maiores desafios são tecnológicos.
"Tu tem que estar 100% ali. Se estiver um pouquinho distante é ruim, tem que estar presente naquele momento. Na presença do aluno, tu pode tocar, mexer na ponta do pé. Na chamada de vídeo é só comando de voz. Mas prestando atenção e olhando tu consegue uma correção boa."
Guilherme Henrique, que trabalha com os corintianos Mateus Vital e Janderson, acha que o acompanhamento do exercício tem relação com o papo com o jogador: "Dependendo da posição do celular, você não consegue ver completamente. Então, tem que pedir para arrumar, aí você vê o posicionamento. Tem que falar muito com eles, 'abre mais o peito', 'coloca pressão no calcanhar'. É diálogo. Se o atleta já conhece o seu trabalho, o celular é favorável, não se perde muito, não".
Outro recurso usado além das chamadas de vídeo são os aplicativos. O profissional de educação física prescreve o treino, as séries, repetições e cadência e cede ao aluno uma senha de acesso, como conta o personal Milton Tadeu: "Fica mais fácil a demonstração dos exercícios através dos vídeos explicativos do próprio aplicativo. E muitas vezes o personal inclui os seus vídeos, que não estão na biblioteca. Depois tem um feedback e, se o aluno teve alguma dificuldade, você pode alterar o exercício."
Algumas das últimas dicas servem para todos, não só atletas de futebol.
Os exercícios físicos melhoram a função imune do ser humano, são o estímulo necessário para que o seu sistema imunológico permaneça com níveis altos e continue protegendo o seu corpo. Inclusive da ameaça do coronavírus.