Tite convocou a seleção brasileira 12 vezes desde o fim da Copa do Mundo da Rússia. Dos amistosos contra El Salvador e Estados Unidos em setembro de 2018 até a atual Copa América foram 281 convocações com 73 jogadores diferentes. Entre tanta combinações possíveis existe um dado que chama atenção: o predomínio de jogadores que atuam na Inglaterra em comparação a qualquer outro lugar do mundo.
Quase um terço das convocações do Brasil no ciclo de preparação para a Copa do Mundo do Qatar vem da Premier League, inclusive nove jogadores entre os 24 que estão à disposição por esses dias. São 89 "ingleses" — ou 31,7% do total de nove países lembrados por Tite.
"Não é coincidência", indica Cleber Xavier, auxiliar técnico da seleção, ao UOL. Hoje estão no grupo três do Liverpool, Alisson, Fabinho e Roberto Firmino, dois do Manchester City, Ederson e Gabriel Jesus, e mais um de Aston Villa (Douglas Luiz), Chelsea (Thiago Silva), Everton (Richarlison) e Manchester United (Fred).
Várias razões explicam essa preferência além do óbvio alto nível técnico do futebol inglês, como a presença no país de treinadores que Tite considera referências e que têm conceitos de jogo parecidos com os que procura aplicar no trabalho diário. O argumento também passa pela qualidade da arbitragem e dos gramados, que influem no sistema de jogo da equipe principalmente em relação aos goleiros e o jogo com os pés no caso do segundo item. É quase um "english team", vejamos adiante.