Pedro recebeu o UOL Esporte para entrevista exclusiva no Ninho do Urubu com um sorriso no rosto. Quatro dias antes, o técnico da seleção brasileira, Tite, havia mais uma vez o elogiado e dado sinais de que pensa em levá-lo para a Copa do Mundo.
Conhecido por comemorar os gols com uma reverência, o atacante de 25 anos vive um momento no qual se acostumou a ser reverenciado pelas boas atuações. Humilde, não se deslumbra, mas mantém a tranquilidade de alguém que sempre teve certeza de que a tão sonhada e demorada sequência dentro de campo traria à tona o desempenho e reconhecimento.
Essa angústia e espera quase custaram caro ao Flamengo. Sem enxergar uma luz no fim do túnel quando amargou a reserva sob o comando de Paulo Sousa, o centroavante se abateu e cogitou deixar o Rubro-Negro, mas quiseram o destino, e o próprio clube, que ele permanecesse. Com a chegada de Dorival Júnior e uma grande dose de esforço particular - contratou até um "coach tático" para ajudar no posicionamento em campo - a reviravolta aconteceu.
Golaços, assistências, participações em lances de gol e regularidade, além do porte físico e da movimentação de centroavante clássico, compõe o que Tite chama de "característica única", e que pode credenciá-lo para a Copa do Mundo. O Qatar está logo ali?
"Se tiver que acontecer, vai acontecer...", diz Pedro.