Foram 29 anos entre a primeira edição da Copa Libertadores da América e a primeira conquista de um time colombiano na competição. No período, foram quatro vices que aumentaram as expectativas de torcidas apaixonadas. Até que, em 1989, uma equipe histórica, que se tornaria base de uma das seleções mais carismáticas e envolventes da história, levou a primeira taça da Libertadores para a Colômbia.
O problema é que as glórias de uma campanha histórica acabaram ofuscadas pelo medo, pela violência e pelas denúncias de corrupção. Quando se fala no Atlético Nacional campeão da Libertadores de 1989, é muito mais fácil lembrar de Pablo Escobar e seu império do tráfico de drogas, responsável por incontáveis crimes violentos entre as décadas de 1970 e 1990.
Time e cartel ocupavam a mesma cidade e tinham relações estreitas graças a Escobar, o que motivou uma série de relatos e ilações sobre supostas ameaças e propinas para árbitros e jogadores adversários. Mas quem viveu de perto a campanha do título do Atlético Nacional tenta fugir até hoje desses fantasmas e mostrar que o troféu levantado em 1989 representava a esperança de uma nação diante do sangue e das lágrimas que não paravam de escorrer pelo país.