Keisuke Honda é o mais novo xodó da torcida do Botafogo. O japonês não precisou de muito tempo para conquistar seu espaço no coração dos torcedores após a chegada dele em fevereiro ano. Foi recebido com uma grande festa no aeroporto e, depois, no estádio Nilton Santos. E nem mesmo as diferenças culturais e a barreira do idioma fazem com ele se sinta menos em casa no clube brasileiro.
O jogador, ídolo em seu país, chegou ao Brasil com a intenção de fazer história. Logo na estreia, em março, contra o Bangu, pelo Campeonato Carioca, marcou de pênalti, mostrando que quer ser protagonista.
O idioma ainda é uma barreira na tentativa de se estabelecer no Rio de Janeiro e criar raízes no Botafogo, mas ele se esforça . Além do japonês, Honda fala inglês, tem familiaridade com idiomas latinos por ter jogado no Milan, da Itália, e no Pachuca, do México, e está aprendendo português.
No vestiário, a famosa resenha dos brasileiros passa quase batida por Honda, que não entende a maioria das brincadeiras. Para não ficar de fora dos assuntos mais sérios, o japonês contratou um professor de protuguês que também tem atuado como interprete e o acompanha sempre que possível. Apesar das barreiras, há um sentimento coletivo de que Honda é, de verdade, um cara do bem e que está ali para ajudar no que for preciso. Dentro de campo, os jogadores se entendem no olhar. Fora dele, o japonês está à vontade e até arrisca uns passos de samba com companheiros de clube.