Não dá para dizer que Sóbis e o futebol como o conhecemos hoje combinem em tudo. Não que ele não goste de treinar, estar em campo e disputar uma decisão de campeonato... Ele adora isso, e esses tempos de quarentena só reforçam essa ligação. É um jogador com currículo tomado por conquistas relevantes em alguns dos maiores clubes do país.
Mas existe um outro lado do atacante que parece alheio ao mundo boleiro que o cerca. Ele respeita os badalados funk, pagode e sertanejo, basicamente tudo que se ouve hoje nos vestiários, mas é do rock. Ele prefere cozinhar para os amigos e ficar em casa do que ir para a balada. Não gosta da fama e, principalmente, os prejuízos que ela pode causar.
"Eu não abro muito da minha vida, sou um cara bem reservado. Gosto de ficar em casa, de curtir a família, tenho os meus amigos... Eu sou uma pessoa normal, cara. Não sou de extrapolar", conta.
Ao mesmo tempo, do seu canto, o atacante não é de ficar calado se encontrar pela frente situações que considerem injustas no esporte. Entre elas, o Cartola FC. Ele se faz ouvir e já teve de aturar muitos olhares atravessados durante a carreira. Só gostaria também de ser compreendido com mais atenção.
Isso não é ser polêmico. As pessoas só olham o seu lado, mas elas têm que aprender mais a ver o lado dos outros."
O fato é que Sóbis e o futebol estão cada vez mais perto de se separar, e aí o que ficará é história. Muitas histórias. O jogador, que desde o início do ano defende as cores do Ceará e no mês que vem completa 35 anos, já admite: não pretende jogar por mais muito tempo. E, aparentemente, não terá nenhum dilema para pendurar as chuteiras. Pelo contrário...