Crescer é inevitável, dói e Rayssa Leal conviveu com as dores do crescimento nos últimos três anos. Da prata em Tóquio ao bronze, hoje, em Paris, ela sofreu as transformações pelas quais todo adolescente passa. A diferença é que todo um país acompanhou...
Conquistar sua segunda medalha olímpica, em Paris, foi um rito de passagem. No Japão, ela era a "Fadinha do skate", uma figura infantil, amparada pelas colegas — e campeãs mundiais — Letícia Bufoni e Pâmela Rosa. Aquele pódio foi uma surpresa agradável, a imagem da leveza. A medalhista mais jovem da história do Brasil que ganhava o país com seu sorriso.
Hoje, Rayssa viveu a competição de outra forma. Aos 16 anos, carregava o peso do favoritismo e a expressão era tensa. Ficou ainda mais fechada após um início complicado nas eliminatórias. Na final, suspense até o fim e o bronze só veio na última manobra. Uma medalha de cor diferente para uma pessoa que já não é a mesma de três anos atrás.