A primeira medalha olímpica do Brasil foi conquistada por um homem. A segunda também, e a terceira, e todas as vencidas ao longo de mais de 75 anos. São os homens os líderes em participações, em medalhas, em ouros e pratas.
Mas a única explicação para isso é que, desde Pierre de Coubertain, os homens fecham (por puro machismo) as portas a elas, que precisaram ocupar espaço na persistência, na força, no talento, e contra uma forte resistência.
Em Paris, elas mostram o que acontece quando recebem espaço, incentivo e investimento: vencem. E Rebeca Andrade é a maior prova disso. Neste sábado (3), ela chegou à sua quinta medalha olímpica ao ganhar a prata no salto. Por enquanto, está empatada, em número de conquistas, com Robert Scheidt e Torben Grael.
É muito provável que ela os ultrapasse na terça, quando faz mais duas finais. Por enquanto, o que importa é que elas chegaram lá.