Coragem, persistência, fé e trabalho tiraram Ricardo Oliveira de uma comunidade na zona norte de São Paulo — onde pessoas próximas caíram na criminalidade — e levaram o menino simples da metrópole até palácios reais no exterior.
O atacante, que morou em um barraco de lona com a família, viveu a experiência de conhecer o temido Pavilhão 9 do Carandiru, um dos presídios mais perigosos do Brasil, onde o irmão esteve preso. E foi através da bola que conseguiu criar para si um novo e amplo horizonte de vida.
Oliveira superou dispensas de grandes clubes e, quando estava curando feridas na várzea, viu uma nova chance surgir na Portuguesa, de onde despontou para o mundo e vestiu pela primeira vez a camisa da seleção brasileira.
Hoje, estudando como encerrar sua trajetória nos gramados, que conta com passagens importantes por Milan, Betis, Valencia, Zaragoza e clubes árabes, além de Santos, São Paulo, Atlético-MG e Coritiba, o atacante busca um novo clube para atingir as metas que estipulou antes de pendurar as chuteiras.
O experimentado atacante ainda quer um pouco mais, aos 41 anos. Será que tem time precisando de camisa 9 daqueles bem clássicos?