As taças da Libertadores e do Brasileiro pesam um bocado, mas Rodrigo Caio está leve como há muito não se via. Se nos tempos de São Paulo a expressão mais sisuda estava associada ao seu semblante, agora no Flamengo o sorriso sai bem mais fácil. Ele já ganhou em um ano aquilo que faltou no clube que o revelou.
Poucos pagaram tão caro pela seca de títulos no Morumbi quanto o zagueiro. Cria da base, viu seu futebol ser questionado e acabou eleito por sua própria torcida como um símbolo de tempos de vacas magras. Cansado da superexposição, sem encontrar a situação ideal na Europa, recebeu um aceno do Flamengo no final do ano passado.
Respondeu que aguardava um possível empréstimo ao Barcelona, mas deu a palavra de que só negociaria com o Flamengo no Brasil. Dito e feito. O interesse catalão esfriou e as partes só precisaram de dois dias para sacramentar o novo capítulo. Desde que pisou no novo clube, ele jura, a sensação foi de que um tempo de vitória estava por vir.
O ambiente me deixou mais motivado. Quando coloquei o pé aqui, sabia que viriam coisas maravilhosas. Vou ser sincero: muitos falavam, mas eu não acreditava que o Flamengo era grandioso assim. Só quem veste essa camisa e sente essa energia é que vê a grandeza desse clube. Isso é apaixonante".
"Tive experiência de jogar oito temporadas em uma equipe grandiosa também, mas senti uma coisa bonita aqui. Independentemente do que aconteça, os torcedores estão até o final com o clube", recordou.
Os torcedores o acompanharam primeiro na conquista do Campeonato Carioca. Depois se extasiaram com Libertadores e Brasileirão num mesmo final de semana histórico. Agora, obviamente, estão ao lado de Rodrigo e do Flamengo para um próximo grande desafio: o Mundial de Clubes em Doha, no Qatar, e um eventual choque com o Liverpool. O Flamengo estreia na terça-feira, às 14h30, contra o Al-Hilal, dá Arábia Saudita.