Meu véi: conversando com o Elano, ele tá pensando em te levar pro jogo!"
É muito difícil responder quando me perguntam qual é a maior emoção da minha carreira. Você começa a falar de uma e pensa: "pô, teve outras também". Mas acho que foi minha estreia no profissional pelo Santos. Ali eu cumpri meu sonho, o que era a maior meta na minha vida. Para acontecer tudo que eu tenho hoje, de Real Madrid e seleção brasileira, eu precisei viver aquilo.
Era um jogo contra o Atlético-MG na Vila Belmiro, em 2017. O Elano era o técnico do Santos e me ligou chamando pra treinar na semana anterior. Eu tava no sub-17 e fiquei na maior ansiedade. Achei que ia só treinar e tals, mas eu vi que fui evoluindo e falei pro meu pai: "pô, vai que eu sou convocado pro jogo no fim de semana?"
Mas eu falei por falar, não acreditava muito. Até que, no último treino da semana, cheguei no vestiário, tinha a convocação e meu nome lá. Entrei no finzinho do jogo no lugar do Bruno Henrique, que era um dos grandes nomes do Santos naquela época. O Elano me orientou, mas vou falar pra você: nem escutei.
Eu estava tão nervoso, tão ansioso, que nem lembro o que o Elano falou na hora. Tanto que eu entrei correndo pra um lugar e o Lucas Lima e o Ricardo Oliveira gritaram: 'nãoooo, vai pra lá'".
Não tenho nem palavras pra explicar esse dia, foi fenomenal. Foi muito bom chegar no busão do Santos, o corredor de fogo ali da torcida. Essas são minhas lembranças. A gente ganhou de 3 a 1 e foi um dos dias mais felizes da minha vida. Mas eu sei que ainda tem muita coisa pela frente.