Aos 45 minutos do segundo tempo, Orlando Rollo assumiu a presidência do Santos. Após novo processo de impeachment nas últimas semanas, José Carlos Peres foi afastado junto com seu Comitê de Gestão devido às irregularidades nas contas de 2019.
Rollo não esperava tamanha reviravolta, mas de uma coisa ele tem certeza: o Santos está à beira do abismo.
O clube não podia registrar jogadores até poucos dias atrás e corria sérios riscos de perder pontos no Campeonato Brasileiro, tudo isso porque não havia desembolsado nenhum valor ao Hamburgo, de quem comprou Cleber Reis lá em 2017. A situação foi resolvida na última sexta-feira após um acordo e a punição foi retirada. Mas ainda existem as pendências com o Huachipato, do Chile, por Soteldo, e com o Atletico Nacional, da Colômbia, por Felipe Aguilar, hoje no Athletico Paranaense. A Fifa já sancionou uma proibição de contratar atletas pelas próximas três janelas pela dívida com os chilenos e a punição começa no próximo dia 13.
Para dar conta de todos os problemas que encontrou, o dirigente pediu licença da Polícia Civil, em que é investigador, para atuar no cargo 24h. "Meu compromisso principal é com o Santos. Hoje, está à frente da minha família e trabalho. O Santos está à beira do abismo. Estou tirando licença do meu trabalho para poder atuar 24h por dia no Santos Futebol Clube", disse ao UOL Esporte.