O Santos levanta a taça de campeão desta edição da Série B do Brasileiro após uma campanha que teve altos e baixos, e momentos de maiores turbulências.
O começo da caminhada na competição gerou dúvidas na torcida, apesar das três vitórias consecutivas nas rodadas iniciais. Nos 10 primeiros jogos, foram cinco triunfos e cinco derrotas, sendo quatro resultados negativos seguidos. Ao fim deste período, o Peixe figurava apenas na sétima colocação, com 15 pontos, três atrás do quarto colocado Goiás.
Aos poucos, a equipe acertou os ponteiros e entraria no G4 em três rodadas — quando foi para a segunda posição, com 22 pontos, um atrás do líder Avaí. A partir daí, esteve sempre flertando com o pelotão da frente, e perderia apenas mais três vezes em toda a competição.
Apesar do título, a relação da arquibancada com o técnico Fábio Carille sempre teve fortes arestas. O treinador, que chegou com a missão de conseguir o acesso à elite, foi alvo de protestos ao longo da temporada.
O momento mais crítico, talvez, tenha sido em agosto, quando o time ficou cinco jogos sem vencer, com uma derrota e quatro empates. Contra a Ponte Preta, na Vila Belmiro — a última partida desta sequência —, a situação ficou mais tensa. E mesmo em momentos mais "leves" ao longo do torneio, o treinador foi alvo de xingamentos.
Mesmo que cambaleante em certos momentos, o Santos conseguiu dar passos rumo ao principal objetivo de 2024: retornar à Série A. O time alvinegro foi o líder entre as rodadas 14 e 20, e recuperou na 31ª, para não mais perder.
O retorno foi assegurado no começo da última semana, com a vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba, fora de casa. Neste domingo (17), na lendária Vila Belmiro, diante de seu torcedor, o Santos enfrenta o CRB já tendo no currículo o título que nenhuma torcida de um grande clube gostaria de ter na prateleira.