O presidente Marcelo Teixeira perdeu popularidade ao longo do ano e busca meios de se reconectar ao torcedor após a "goleada" a seu favor na eleição no fim do ano passado.
Um sinal disso é o Instagram de Teixeira. Quando o time ganha, o mandatário pede uma edição especial da Santos TV para publicar antes no seu perfil, atualiza o feed e libera comentários. Nas derrotas, comentários são limitados e os posts ficam escassos.
O Instagram foi utilizado até para uma enquete sobre onde o Santos deve enfrentar o CRB: Vila Belmiro ou Allianz Parque. No fim, será na Vila. Uma forma desesperada de apagar o descontrole após os 3 a 0 sobre o Vila Nova. Teixeira foi confrontado por torcedores e ameaçou um deles: "Eu vou te pegar, você não vai escapar".
Multicampeão no passado, o dirigente agora lida com um ritmo totalmente diferente das redes sociais. Se entre 2000 e 2009 a preocupação era o rádio ou a televisão, atualmente hashtags têm poder. E essa gestão tomou várias decisões baseadas no termômetro do torcedor.
Em um primeiro momento, Teixeira teve receio de mexer muito nos departamentos e manteve nomes marcados pelo rebaixamento como o coordenador Alexandre Gallo, o auxiliar Marcelo Fernandes e o preparador de goleiros Arzul.
Durante o ano, chegou o CEO Paulo Bracks. Ele pediu tempo para fazer um raio-x do clube e já sugeriu mudanças significativas para 2025, em várias áreas do clube, assim como a ampliação do departamento de inteligência e a criação de um setor de psicologia.
Gallo pode sair. Há também sugestões de trocas em chefes da saúde, jurídico, administrativo, financeiro e comunicação. Marcelo Teixeira trouxe amigos e apoiadores de campanha para cargos estratégicos e vários processos do dia a dia do Santos não funcionam bem.
Se as mudanças sugeridas não forem contempladas, Bracks pedirá para sair. A carta branca prometida na contratação ainda não apareceu na prática.
Em 2025, o Santos deve ter novo técnico, novos dirigentes e novo elenco. Tudo novo de novo.