O espectador mais ocasional pode pensar que tudo se resolve com uma classificação no sábado e a corrida no domingo, uma vez a cada duas semanas. Mas, na verdade, há muito trabalho antes que o primeiro carro da Fórmula 1 vá para a pista - o que acontece, na verdade, ainda na sexta-feira de treinos livres.
Os mecânicos chegam já na terça-feira no palco do GP, passam dois dias inteiros montando carro, e só então a ação que vemos pela TV acontece. Após a bandeirada, tudo tem de ser desmontado o mais rápido possível, em uma questão de horas. Aí, eles finalmente podem voltar para casa.
Ou não.
Pela quarta vez na história, o circo vai ver isso se repetir por três semanas seguidas. E, de forma inédita nesta oportunidade, com largos deslocamentos e mudanças de fuso horário entre uma prova e outra, com uma rodada tripla que começou no México na semana passada, passa pelo Brasil e depois vai para o Qatar.
É como ir para guerra, como definiu ao UOL Esporte o mecânico-chefe da Haas, Matt Scott, que soma 16 anos de experiência nessa vida.
"É como os militares: quando eles entram para o exército e vão embora por seis meses, esse é o trabalho deles. Por mais que todos adorem ter os salários e viver neste estilo de vida competitivo, deve haver um compromisso em algum lugar. E eu acredito que esse é exatamente o nosso compromisso: nosso equilíbrio entre vida e trabalho ", descreveu o mecânico da Haas.