A comunicação acabou virando uma plataforma para Silvio Lancellotti externar suas principais paixões. Começando através do jornalismo convencional, ele acabou virando uma referência tanto no esporte como na gastronomia. E, em todas essas frentes, sempre como um embaixador da cultura italiana no Brasil.
Incentivado por Luciano do Valle nos anos 80, Lancellotti virou o primeiro comentarista esportivo do país focado em futebol internacional. No caso específico, nas históricas transmissões do Campeonato Italiano na Bandeirantes. Foi lá que emplacou uma famosa dupla com o narrador Silvio Luiz, entrosados no microfone e nos muitos cigarros dentro da cabine.
Na entrevista ao UOL, Lancellotti relembra essas e outras façanhas da carreira, como o "furo" da morte de Ayrton Senna, levado ao ar na Band antes da Globo, que tinha equipe no local. O jornalista ainda rememora casos com Ronaldo e Ricardo Teixeira, quando a veia de repórter chegou a versões diferentes da história oficial.
Hoje, aos 75 anos, Silvio Lancellotti se prepara para cobrir os Jogos Pan-Americanos, comentando para a TV Record. Em paralelo, o veterano do jornalismo, da literatura e das cozinhas luta para amenizar os efeitos de um acidente automobilístico, que atrapalham sua capacidade de locomoção.