"Eu venci quatro cânceres"

Técnico de 36 anos volta a treinar o time feminino do Santos após longas sessões de quimioterapia na pandemia

Guilherme Giudice Em depoimento ao UOL, em Santos (SP) Mariana Pekin/UOL

Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Não comigo. Não na minha família. Nós não tivemos a opção de escolher nossos destinos em se tratando dessa doença. Não pudemos nos preparar psicologicamente. Nem fisicamente. Ela simplesmente veio e nos obrigou a ser fortes.

Há um ano, eu vi minha mãe receber a notícia de um câncer de mama. Ela estava em São José dos Campos e eu, na Baixada Santista, cumprindo meu papel de auxiliar técnico no Santos Futebol Clube, pelas Sereias da Vila. Sem poder ampará-la, eu acompanhei de longe. Conseguia ver minha mãe só nos fins de semana —nosso maior contato foi por telefone e chamadas de vídeo. Ainda bem que existe a tecnologia, né? Ela me contava com preocupação e medo sobre os exames e a rotina de tratamento.

Meses mais tarde meu pai foi alvo de um câncer de pele, e eu tive que lidar com essa vontade de largar tudo e voltar para casa. Só que eu sou um cara muito comprometido com meu trabalho.

Aliás, o trabalho é o que me move. Vocês vão perceber isso mais para frente... Quanto ao meu pai, tudo foi resolvido de forma rápida. Descobrimos que uma cirurgia resolveria o caso dele, e assim foi feito, mas foi algo que abalou demais a dona Beth, que ainda lutava bravamente contra o câncer.

Exatamente um mês depois, eu estava no banho, me planejando para mais um dia de trabalho e com a cabeça cheia. O clima no CT Meninos da Vila, onde o Santos feminino treinava, não era dos melhores. Aliás, era pesado mesmo. Como matar um leão por dia. Eu era obrigado a me impor para continuar no dia a dia do time, e isso martelava na minha cabeça. Será que eu devo continuar com isso? Será que vale a pena comprar uma briga desse tamanho? Em meio a esses pensamentos, me lembro até hoje que senti alguma coisa, tipo um nódulo, no testículo. Já pensei: olha o raio querendo cair pela terceira vez.

A preocupação bateu, mas eu preferi esperar. Afinal, era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e eu não queria assustar mais meus pais com algo incerto. Esperei uma semana e paguei para ver se ele sumiria. Procurei alguns médicos, e só o terceiro me passou alguma segurança e pediu exames.

Confirmado: era um tumor maligno.

Mas eu não podia me permitir ficar desesperado. Comecei o ano de 2019 com a agenda cheia de post-its, consultas, datas, exames... Ah, e ainda tinha minha situação no Santos, que era delicada. O comando estava sob pressão por causa do trabalho que estava sendo feito. As jogadoras estavam saturadas. Eu estava saturado. Tinha dias em que não dava vontade de levantar da cama para ir aos treinos. Eu tirava forças não sei de onde, te juro.

Até que aconteceu nossa eliminação no Campeonato Brasileiro e veio uma troca de comando: a Emily Lima, ex-treinadora da seleção, deixou o Santos. E aí meu gerente, o Alessandro, me convidou para assumir o time. Estar à frente das Sereias da Vila. Doente.

Terceiro tempo: cirurgia

Pareceu loucura na hora. E devia ser mesmo. Nem estava nos meus planos ser técnico naquele momento. Mas eu arrisquei. Era uma oportunidade incrível, um desafio dos grandes. Empolgado, resolvi não contar aos meus pais sobre o meu câncer. Só o meu gerente, meu grande parceiro de comissão, Julio, e minha esposa, Erica, saberiam. Tive que dividir minha vida entre os exames, o cuidado com minha mãe e em ter a concentração necessária para treinar as meninas.

Peguei a equipe já nas últimas rodadas do Campeonato Paulista. Eu planejava alguns ajustes no time, e foi ali que as jogadoras ficaram sabendo de todo o processo da doença. É que minha primeira cirurgia estava marcada para o dia do jogo da semifinal. Com custo, consegui trocar a data com o aval do médico e compareci. Infelizmente fomos eliminados, então realizei o procedimento em outubro. Sem erro: fui ao oncologista e me afirmaram que tudo havia tudo corrido bem, mas que eu continuaria fazendo exames periódicos para acompanhamento.

Fim de ano, campeonato encerrado. E eu tinha uma viagem marcada com minha esposa e um casal de amigos. Nos programamos o ano inteiro para ir à Europa e viajaríamos dia 23 de dezembro com destino a Inglaterra, França e Itália. Tudo foi marcado com muita antecedência, antes mesmo de a minha mãe saber que estava com câncer. Então a situação era a seguinte: minha mãe com câncer, meu pai recuperado e eu doente sem eles saberem. E eu ainda tinha que avisá-los que não passaria o Natal com eles por causa da viagem [risos]. Jogo duro, mas eu sabia que entenderiam.

No fim das contas, foi muito legal. Nós fizemos um Natal antecipado. Chamamos todos lá em casa e avisamos que dia 23 iríamos viajar. Iríamos...

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"Veio algo mais assustador"

Dois dias antes da viagem, em mais um banho, senti um caroço no meu pescoço. Pensei na hora: 'puta merda'. Experiência... Era um nódulo pequeno, mas depois de tudo que eu havia passado, melhor prevenir. Voltei a procurar o médico e dessa vez não contei nada para a Erica. Me entenda, por favor: a gente ia viajar em dois dias!

Mas como esconder algo de uma das pessoas que mais me conhece na vida? Um dia nós estávamos no shopping e eu sem perceber, estava com a mão no pescoço o tempo inteiro, preocupado. Ela logicamente notou, perguntou o que era —'por que você cutuca tanto esse pescoço?'— e colocou a mão. Minha mulher não deixa passar nada. Na mesma hora fomos ao hospital, que eu penso em começar a chamar de segunda casa [risos].

Ouvi do doutor que 'poderia ser tudo, mas também poderia ser nada' e realizamos novos exames. Eu o avisei da viagem torcendo pela liberação. E ela veio. Dia 15 de janeiro eu voltaria dessa trip direto para analisar o caso.

Os que acham que eu deixei o caroço enorme no meu pescoço me incomodar, se enganam. Eu aproveitei muito a viagem. Nem lembrei direito da doença, exceto um dia em especial que tive que explicar aos meus amigos pelo que eu estava passando... Fora isso, me impressionei com tudo que vi lá fora. Particularmente eu amo história, então o Coliseu me tirou o ar. Também assisti a Roma contra a Juventus no Estádio Olímpico. E vale pontuar que levei uma multa, como o bom brasileiro que sou, tentando dar um jeitinho de chegar mais perto da Torre de Pisa [risos].

Agora, enfim, de volta ao Brasil e pronto para enfrentar mais uma vez o bendito raio que insistia em cair sobre mim. Meus exames apontaram um tumor maligno outra vez, mas a verdade é que veio algo mais assustador: havia um câncer localizado no reto peritônio, a cavidade abdominal que fica atrás do rim, e outros no diafragma e entre os pulmões. Mas esses eu preferi esconder da assessoria do clube, porque dois já eram suficientes para espantar. Tinha o do pescoço também, lembra? No total, quatro. E eu não sabia como contar para o meu elenco.

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As jogadoras invadiram o quarto

Eu devia estar preocupado, temendo pelo pior. Mas acredita que não passou pela minha cabeça a possibilidade de morrer? Eu estava tão, mas tão empolgado com a ideia de iniciar um ano reorganizando meu elenco com as contratações que tínhamos feito, comandar Cristiane e a Thaisinha, que segui com a minha ideia de não me afastar do trabalho por causa da doença. O trabalho me move. Eu me sinto à vontade, tenho tesão pelo que faço.

Eu estava me planejando para contar para as jogadoras. Fiquei com muito medo de atrapalhar os próximos jogos por causa da notícia. Elas já estavam desconfiadas de que eu estivesse doente, mas não na proporção real. Sempre me viam com pilhas de exames na mão, algumas delas notaram que cortei o cabelo baixinho. Enfim, hora de explicar.

Em um treino em Manaus, eu juntei todas e contei qual era a situação. Em que pé estava a doença. Foi muito triste, muitas delas choraram. Ganhei alguns abraços enquanto dizia que não poderia estar nos treinos na semana em que eu fizesse a quimioterapia. O grupo, desde então, me acolheu muito. Eu recebia mensagens quase que diárias de incentivo e força.

A minha quimio era considerada urgente. Ela foi marcada para o dia 17 de fevereiro, coincidentemente a data de um jogo contra o Cruzeiro, na Vila Belmiro. Pensei comigo mesmo: 'faço o tratamento e depois vou para o jogo, tranquilo'. Tranquilo... que ingênuo eu fui.

Tive que ouvir as enfermeiras me explicando e insistindo sobre o quão perigoso seria comparecer a um estádio por causa da imunidade. A quimioterapia é realmente muito desgastante. São muitas horas de medicação no sangue, o corpo fica fraco. Tudo bem, mas estamos falando do meu primeiro jogo como treinador na Vila Belmiro. Eu não tinha como não ir.

Minha esposa veio me avisar: 'Gui, você não vai para o jogo'. E eu rebati. Todas se juntaram para tentar me convencer, mas eu estava determinado: 'eu vou para o jogo'. Até que chega a Brena e a Erikinha na visita. Elas nem poderiam entrar no quarto, mas invadiram e, ao ouvirem a discussão, disseram: 'Vocês estão doidas! Ele vai para o jogo nem que a gente tenha que levar ele escondido' [risos]. Pedi que me passassem todos os cuidados que eu teria que tomar, já que, por bem ou por mal, eu estaria lá. Se convenceram [ufa!] e cederam.

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Isolamento social antecipado

Lá estava eu. Acompanhado de oito mil pessoas! Que energia surreal: eu nem consigo descrever em palavras esse dia. Ficará guardado pra sempre na minha memória. Minha estreia! Depois de um tratamento que me destruiu internamente, fui recompensado com as meninas marcando dois gols. A cada abraço, elas me buscavam em campo, como se dissessem: 'estamos aqui por você'. Cheguei no vestiário e me emocionei muito. O Bruno, nosso preparador físico, estava com o cabelo raspado, como forma de apoio. Você entende o tamanho de tudo isso?

O que eu não contava era com a semana seguinte da quimioterapia. Péssima. Horrorosa. O cansaço e a fraqueza me tomavam. O próximo jogo seria contra o Grêmio, mas os médicos haviam barrado minha ida. Ainda assim, com muito esforço, eu fui dar o treino, mesmo me sentindo mais cansado do que em dias normais.

Minha equipe é genial. A Xavi andou comigo para lá e para cá com um guarda-sol, a Sandra me trouxe um chapéu estilo pescador, que me protegia muito também. Após a atividade, fui para casa descansar, dormi por horas e acordei com febre.

Preocupado, liguei para a doutora, que me pediu para correr ao hospital. O Julio me acompanhou, e eu senti um mal-estar enquanto aguardava o exame sair. Era uma sexta-feira, e na segunda eu já iniciaria o segundo ciclo da quimio. Eu estava preocupado, porque não queria alongar o tratamento, então torcia para que tudo estivesse nos conformes. Saiu o resultado, bati o olho, e tudo certo. Tirei uma foto e enviei à doutora. Pedi um carro de aplicativo para casa.

Logo mais meu telefone toca. Era a doutora Rebeca me mandando imediatamente voltar ao hospital, porque minha imunidade era praticamente nula. E eu estava completamente exposto, tinha que ser internado às pressas. Nesse momento eu fiquei muito mal, e o desgaste bateu forte. Meu corpo ficou mole. A ambulância foi me buscar e me levaram para um quarto isolado.

Ninguém podia ter contato comigo. Para entrar era preciso estar com luvas, máscaras e roupas adequadas. Treinei para o isolamento social da pandemia já [risos]. Fiquei cinco dias no hospital. As meninas foram me visitar e levaram um porta-retrato com a foto do jogo contra o Cruzeiro. O ânimo foi no céu. Que gás isso me deu!

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A receita é picanha

O próximo jogo seria em Porto Alegre. Após o susto, voltei para São José dos Campos, porque eu não poderia viajar nas condições que estava. E foi muito difícil. Não pelo câncer, mas porque eu tive que assistir ao jogo pela televisão, não estar no gramado. O coração apertou. Mesmo com as muitas mensagens carinhosas das jogadoras enquanto estavam a caminho do jogo. Até que começou a pandemia, e eu não voltei para a Baixada Santista. E ainda tinha o segundo ciclo para fazer... Esses cinco dias em que fiquei internado atrasaram por duas semanas a segunda quimio. Um pesadelo pensar que o tratamento se alongaria!

Eu tive que ir a Santos na primeira semana de quarentena para fazer exames, o que me fez pensar que eu precisava, com certa urgência, mudar meu convênio para São José. Aliás, eu consegui com facilidade, ainda bem. As máscaras ainda não eram uma obrigação, mas eu, muito cuidadoso, já estava com minha roupa da Nasa andando por aí. Consegui fazer a segunda sessão de quimio e na sequência foram cinco meses direto em São José.

Eu adaptei minha casa toda. A sala de TV virou meu quarto e ali eu ficava com o mínimo de contato com todos. Mas minha vida é cheia de emoção, como vocês já notaram, e mais um susto veio. Meu exame para realizar o terceiro ciclo estava exatamente como o segundo. Minha imunidade lá nos pés. Teoricamente eu deveria ser internado e atrasaria mais uma vez o processo do tratamento, mas o médico que assumiu meu caso permitiu que eu realizasse a quimio.

O quarto ciclo veio e eu o cumpri, mas minha imunidade não dava sossego. Em meio a tanto sufoco com a adaptação em casa, minha alimentação estava muito restrita, além do cansaço e fraqueza devido à quimio e às medicações fortes. Até que ouvi uma das melhores coisas durante esse processo: 'Guilherme, você precisa comer carne'.

Carne? Opa! Isso era música para meus ouvidos. Eu sou praticamente carnívoro [risos]. E nos últimos meses tudo que eu comia tinha gosto de couve. Aliás, eu provavelmente nunca mais vou comer couve. Meus olhos brilharam, eu tenho certeza. Eu cheguei em casa com um sorriso e falei: 'Meu amor, vá ao mercado e traga picanha! É orientação médica!'

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"Até hoje não entendo minha frieza com o assunto"

Apesar da brincadeira, eu sabia o grau de perigo que corria. O tratamento é muito desgastante, mesmo. Minhas veias, por exemplo, estavam desgastadas. Eu recebia pelo menos uns 15 furos até que encontrassem uma que aguentasse a medicação. Uma dor insuportável no braço que parecia que ele cairia a qualquer momento. Foi a pior semana, eu dormia mal e me sentia extremamente fraco.

A maior parte do tempo eu ficava deitado no meu quartinho improvisado. Eu praticamente zerei o catálogo da Netflix. Assisti todo tipo de série. Uma a que me apeguei foi a do Michael Jordan ["A Última Dança"] —eu a devorava. "Last Kingdom" e "Vikings" também. No começo da semana eu ainda conseguia me exercitar. Subia e descia escada. Eu moro no 11º andar. Descia até o oitavo, depois até o térreo, e subia novamente até o 11º. Com algumas pausas para respirar e descansar, porque eu não sou de ferro, né?

Feito o quarto ciclo, fiz novos exames e fiquei na expectativa pelos resultados. Tudo poderia acabar ali. Ou não, caso os nódulos tivessem resistido ao tratamento. Uma ansiedade que não cabia dentro do meu peito.

O telefone tocou, e eu deveria comparecer à clinica para ver os resultados das guias. Meu pai fez questão de ir junto receber a notícia. Minutos mais tarde, um alívio imenso. Ouvi que os cânceres do retroperitônio, do diafragma e dos pulmões haviam sumido. Mas... o do pescoço continuava ali. Um misto de emoções indescritível.

O tamanho do nódulo que havia sobrado era entre uma bola de pingue-pongue e uma bola de tênis. Murchou bastante, mas eu ainda o sentia. Cirurgia à vista, pensei.

Tive que fazer um procedimento para saber se o tecido que sobrou era benigno ou maligno. Até hoje não entendo minha frieza com o assunto. Mas eu estava tranquilo. Ansioso, óbvio, mas tranquilo, independentemente do que viria a acontecer. Torci para não ser nada.

Eu não sou muito apegado à religião. Sempre conversei muito comigo mesmo e com os que amo. Então voltei a colocar isso em prática. É o que mais me acalma, me traz tranquilidade e segurança. Sou muito pé no chão.

Dias depois veio a notícia: eu havia vencido o câncer. Não um, mas quatro cânceres!

A vontade era de sair na rua gritando aos quatro cantos que eu havia sobrevivido àquele inferno. E também de comer quilos de picanha, chocolate e tomar alguns litrinhos de cerveja. Voltar à normalidade.

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Duas famílias

Após o tratamento, a chance do nódulo retornar é praticamente zero, mas terei que continuar de olho, realizando exames por pelo menos cinco anos para acompanha-lo. O pior já havia passado, e eu nem soube exatamente o que fazer na sequência. Era uma alegria enorme dentro do meu coração.

Como vivemos uma pandemia, tive que comemorar de acordo com o tal novo normal. Chamadas de vídeo em peso com meus amigos, mas foi divertido. Quando passei a notícia para as jogadoras, foi uma festa. Elas foram das primeiras a saber, fiz questão. Apenas meu pai e esposa souberam antes.

Meu elenco não sabe o quão foi importante nessa caminhada. Acompanharam todo o processo. Essas meninas são minha segunda família. Viram de tudo, me acompanharam na perda de cabelo e sobrancelha, me deram uma força absurda. Tenho certeza que sem elas o desgaste seria redobrado e talvez eu não conseguisse.

Hoje eu vivo bem, dificilmente algo tira o sorriso do meu rosto. Sigo muito pé no chão, mas com uma leveza dentro de mim que ninguém irá tirar tão cedo. Com o processo, tive que me afastar dos meus enteados e da minha filha, mas, agora, em todo fim de semana estamos juntos. Eles adoram andar de bicicleta e correr. Enquanto nós nos desafiamos na corrida, a Erica nos acompanha de bicicleta [risos].

A dona Beth está no fim do tratamento e também superou o câncer. Fez cirurgia, retirou o seio e está terminando as sessões de radio. Resta a reconstrução.

Ah, e na última quarta-feira (26), o futebol feminino voltou à ativa. Finalmente, que saudade disso! Pude retornar à mesma Vila Belmiro, mas agora curado. Foi um chororô no vestiário, no pré-jogo contra o Audax. Resolvi compartilhar com as meninas o quanto eu estava feliz e realizado. Muito emocionante e especial, sabe?

Nós vencemos de goleada por 5 a 0. Cinco! E eu ainda pude ver a Luaninha, minha aposta da base, ter uma estreia de gala. Com 17 anos, a baixinha entrou com postura de veterana e marcou gol. Que negócio único que eu senti. Aquela coisa de trabalho bem feito.

E aí às vezes eu fico pensando o que tirei de tudo isso. Acho que eu estou preparado para qualquer tipo de raio que venha a cair.

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