Enquanto a temporada de 2020 invadiu o ano de 2021, o futebol brasileiro começa, neste fim de semana, sua nova temporada. E esqueça aquilo que você se acostumou a esperar em outros anos quando o futebol ressurgia no calendário. Não teremos times voltando para fazer pré-temporada, a antecipação da torcida por reforços do mercado da bola e a expectativa pela reestreia do seu time. O Brasileirão terminou na última quinta-feira e ontem, menos de dois dias depois, os principais campeonatos estaduais já estavam começando. Coisa de louco, não?
Com uma temporada embolada na outra (não esqueçamos que para dois times, o Palmeiras e o Grêmio, o ano de 2020 só termina no próximo domingo, com o segundo jogo da final da Copa do Brasil —o primeiro é hoje), a ordem é minimizar o desgaste físico dos atletas. Para isso, a maioria dos times da Série A planejam colocar em campo uma enxurrada de reservas e jovens jogadores. É o caso de Flamengo, Internacional, Atlético-MG, São Paulo, Fluminense, Palmeiras e Grêmio, melhores times do campeonato nacional.
Essas equipes também terão de se adequar aos novos regulamentos criados pelas federações, que não gostaram muito dessa decisão. Para evitar que seu produto, o campeonato estadual, perca valor, pressionam pela escalação dos jogadores titulares, ignorando o pouco tempo de folga.
A FPF (Federação Paulista de Futebol), por exemplo, proíbe que os times mantenham em campo mais de sete atletas sub-23 ao mesmo tempo. Já a Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro) obriga que a escalação da "equipe considerada principal" a partir da terceira rodada. Quem descumprir a regra poderá perder a cota fixa dos direitos de transmissão, que também terá novidade: a Record volta a televisionar os jogos do estadual do Rio após 23 anos.
Apesar do esforço, os regionais desse ano têm tudo para ficar marcados pelos "remendos" nos principais elencos.