O Brasil viveu um pesadelo; mais do que isso, um choque duro de realidade no dia 8 de julho de 2014. Diante de milhares de pessoas no Estádio do Mineirão, a Alemanha passeava no gramado, sobrava diante da equipe comandada na época por Luiz Felipe Scolari e provocava uma enorme reflexão sobre o futebol jogado aqui. Cinco anos depois, o clima é outro: festa pelo título da Copa América, conquistado ontem (07), após vitória por 3 a 1 sobre o Peru, em um Maracanã lotado.
A escolha por Tite no lugar de Dunga em 2016, quando a camisa verde-amarela vivia uma das maiores crises da história e estava ameaçada até de não ir ao Mundial da Rússia, veio como uma opção carregada de popularidade. O treinador falhou na Copa. E viu também a principal estrela, Neymar, não brilhar e ficar em xeque. Ainda assim, correspondeu às expectativas e abriu os caminhos para o Brasil em campo.
Nestes cinco anos, a seleção ainda busca uma identidade com o povo. Algumas perguntas precisam ser respondidas. E nem o título torna Tite uma unanimidade. Ainda assim, o caminho está aberto para que o choro dê lugar aos famosos sorrisos de cinco títulos mundiais e nove continentais. O UOL Esporte conta como foi a tortuosa estrada até aqui.