O jornalismo esportivo adora efemérides, 'dez anos de tal título', 'duas décadas de tal drible espetacular'. Hoje (25) é dia de uma: o aniversário de 60 anos de Tite, técnico da seleção brasileira masculina principal. Desta vez, o protagonista da data especial preferiu ficar em silêncio.
Naturalmente reservado, ele ficou ainda mais recluso em tempos de pandemia, segundo dizem pessoas de seu convívio ouvidas pelo UOL Esporte. Não à toa, negou todos os convites para falar sobre o aniversário com o argumento de "curtir em casa com a família, sem tanta exposição".
O comportamento tem explicação: apesar do monitoramento de jogos à distância e das incontáveis reuniões na CBF, Tite está distante daquilo que marcou sua rotina por décadas: o campo, a bola e os jogadores. Além disso, vive um dos momentos mais delicados no comando da seleção, administrando até problemas que não passariam por ele, como o calendário de seleções que atrapalha os times brasileiros, a crise da CBF e o ciclo desfavorável de preparação para a Copa do Qatar.
O tempo de reclusão foi aproveitado para pensar em maneiras de melhorar o aproveitamento da seleção e quem sabe assim aliviar as constantes críticas dirigidas a quem sempre está no alvo. Isso além dos cuidados com a saúde — o treinador, que gosta de caminhar com a esposa e também pratica natação, tomou a segunda dose da vacina contra covid-19 no último dia 14.
É assim que Tite chega aos 60 anos.