Pare e pense: o que poderia fazer um atleta ser considerado o maior de todos os tempos? Quando você pensa em Pelé, é a condição física única, aliada à habilidade e três Copas do Mundo conquistadas no futebol. Mas pode ser também Michael Jordan, o homem que tornou a NBA e o basquete norte-americano fenômenos globais. Ou Serena Williams, a maior de todos os tempos entre homens ou mulheres no tênis, que revolucionou um esporte. O mesmo pode ser dito de Michael Phelps e Usain Bolt, os dois maiores atletas olímpicos de todos os tempos, um na natação, outro no atletismo.
Mas e Tom Brady?
Os puristas certamente vão torcer o nariz. Não faltam argumentos para isso. Para começar, os atributos físicos nunca foram dos melhores —e todos os melhores do mundo acima são espécimes físico únicos. Ele não era o mais forte, o mais alto ou o mais rápido. E ele joga futebol americano, um esporte que é disputado, basicamente, em um único país. A temporada da NFL ainda é curta. São apenas 17 partidas na temporada regular, e um time pode ser campeão com 20 jogos disputados.
E o argumento mais forte: o quarterback, a posição de Tom Brady, entra em campo apenas quando seu time ataca.
Mesmo assim, quando Tom Brady anunciou a sua aposentadoria do futebol americano ontem, teve gente nos EUA, o país com a maior cultura esportiva do planeta, que disse que, sim, ele poderia ser o maior atleta de todos os tempos.
Não é para tanto, e o próprio Brady já admitiu isso. Mas o fato de existirem especialistas que defendem a ideia já é um tributo ao tamanho do maior quarterback e, provavelmente, o maior jogador de futebol americano da história.