Às 18h30 de um dia de jogo, os arredores do estádio do Corinthians em Itaquera, a Neo Química Arena, costumam estar efervescentes. Os torcedores mais apressados estão chegando, ambulantes já estão com tudo pronto para vender e bares oferecem a cerveja trincando à espera dos milhares de corintianos que passarão pelo bairro até o início da partida.
Ontem (5), durante as horas que antecederam Corinthians 3 x 1 Bahia, o movimento em Itaquera foi pequeno, abaixo do esperado até para um jogo com liberação de apenas 30 % do público. Era o primeiro jogo no estado de São Paulo com público desde março de 2020. Mesmo assim, os policiais militares e seguranças do metrô, principal meio de acesso do estádio, não tiveram trabalho.
Alguns bares próximos à estação Artur Alvim, tradicional ponto de encontro em dias de jogos, nem sequer abriram as portas.
Para quem se acostumou a ver o local lotado de corintianos, a cena foi incomum. O UOL passou as três horas que antecederam à partida para entender como o futebol se encaixaria no novo normal. O que encontrou foram torcedores empolgados, ambulantes desesperados para tentar recuperar o que foi perdido desde o início da pandemia e um estranhamento que não deve desaparecer tão cedo...