A comunidade de Vargem Grande, zona oeste do RJ, acordou na madrugada de sexta-feira, 8 de fevereiro, com o soar de alarmes de emergência. Labaredas altas já tomavam conta de parte do Ninho do Urubu, o Centro de Treinamento do Flamengo. Mais precisamente, no alojamento destinado aos times de base do clube, habitado por jogadores de 14 a 17 anos.
O Corpo de Bombeiros, acionado às 5h17 da manhã, chegou ao local em pouco mais de 20 minutos. Em menos de uma hora, as chamas haviam sido totalmente apagadas. Tempo insuficiente para evitar a tragédia. Dez pessoas morreram e três foram feridas, uma delas em estado grave com cerca de 40% do corpo queimado - foi o segundo maior acidente do futebol brasileiro, atrás da queda do voo da Chapecoense, em 2016.
De luto, a comunidade esportiva prestou solidariedade ao Flamengo e às famílias afetadas pelo incêndio, enquanto autoridades e imprensa trabalhavam para tentar compreender o que aconteceu. Relatos iniciais apontam para um suposto curto-circuito no sistema de ar condicionado do alojamento, que teria pegado fogo durante o sono dos jogadores.
Contamos aqui a história dos jovens que tiveram o sonho de uma vida no futebol interrompido abruptamente e do CT, palco do acidente.