O ano em que tudo mudou
A Globo é detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro há mais de 30 anos. O reinado começou com a criação do Clube dos 13, em 1987, para negociar interesses comerciais e políticos dos grandes times de futebol do país. SporTV e Premiere também dominaram os mercados de TV fechada e pay-per-view, e outros canais só puderem exibir em acordos de sublicenciamento, como Manchete, Band, Record e Fox Sports ao longo do tempo.
Mas tudo mudou em 2019: a programadora americana Turner fechou negócio com sete clubes que estarão na elite do Brasileiro e transformou o mercado.
A confusão aumenta porque em agosto do ano passado a Turner anunciou o fechamento dos canais Esporte Interativo na TV por assinatura e todo o conteúdo migrou para canais de filmes, a TNT e o Space, além de serviços de streaming ou por assinatura, como Esporte Interativo Plus e UOL Esporte Clube.
No pay-per-view também há novidades recentes. O Premiere faz venda direta de jogos (sem necessidade que o usuário seja assinante de uma operadora de TV a cabo) há menos de um ano. Por fim, a TV Globo ainda negocia acordo para exibir as partidas do Palmeiras, na TV aberta e no Premiere, e do Athletico, no PPV, ampliando a colcha de retalhos dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro em 2019.
Quem está no meio desse fogo cruzado é o torcedor. Ao mesmo tempo em que ganha cada vez mais opções para ver futebol (e tenta ser conquistado por elas) ele se depara com preços elevados, pulverização de serviços e uma certa dificuldade para entender como é que tudo vai se desenrolar.
Mas, como diz o meme, "torcedores, calma". Aqui nós tentamos explicar.