Perguntamos a Vanderlei Luxemburgo sobre um dos seus times de maior sucesso, o Palmeiras dos 100 gols de 1996. Foi um time que encontrou seu espaço na história do futebol brasileiro. Mas, para o crivo do treinador, de volta ao clube alviverde 24 anos depois, aquele não se trata de um "grande time".
Não é que esteja subestimando Djalminha, Rivaldo, Müller e Luizão. Ele explica como nem mesmo um conjunto icônico como aquele era perfeito.
Aquele time acabou muito cedo. Não posso dizer que aquela foi uma grande equipe. Foi uma grande equipe, mas de espetáculo em seis meses, num campeonato paulista. Ninguém tinha visto um time ganhar de seis, sete, oito a toda hora. Para ser bom, tinha que ganhar Brasileiro, Libertadores, competições de outro nível."
E complementa voltando dois anos no calendário: "O Palmeiras de 1994 era mais sólido, mais equilibrado em todos os sentidos. E ganhou. Foi uma equipe vencedora".
Agora, voltamos para tempos mais recentes. Em 2019, esse mesmo técnico assumiu um Vasco de pretensões bem modestas —para a história do clube e para seu currículo. O projeto, como Luxa gosta de dizer, da vez era simplesmente manter um time longe do rebaixamento. Era mais uma temporada em que ficaria afastado da disputa por títulos.
Agora, em 2020, aos 68 anos, de volta ao Palmeiras, em sua quinta passagem pelo clube, ele pode olhar novamente para o topo. A meta é tentar elevar o padrão de um elenco cujo núcleo já foi campeão nas últimas temporadas e esteve perto de taças no ano passado. É possível tornar esse time competitivo numa grande equipe? Em entrevista ao UOL Esporte, ele responde a essa pergunta. E algumas outras.