Muita gente achou que a morte de Eurico Miranda em março de 2019, em decorrência de um câncer no cérebro, traria a tão sonhada paz ao conturbado ambiente político do Vasco da Gama. Um ano e oito meses se passaram desde o adeus ao lendário ex-presidente. E a primeira eleição do clube sem ele ainda conta a sua sombra. Os antigos euriquistas ainda têm força e o cenário político é caótico, muito parecido com o dos pleitos anteriores: batalhas processuais, acusações, trocas de farpas entre os grupos, intervenções judiciais, incertezas e muito caos.
Inicialmente, a eleição estava marcada para amanhã (7), mas os candidatos chegaram a um consenso pelo adiamento e, posteriormente, a Justiça concedeu uma liminar mandando o pleito para o dia 14 de novembro — exclusivamente online. Alguns dos presidenciáveis, porém, recorrem da decisão, enquanto ainda não há um consenso sobre a empresa que vai gerir a votação virtual e nem sobre o formato dela.
Entre promessas de aportes financeiros milionários já no início do mandato, salários em dia, reforma e ampliação de São Januário, além de uma equipe mais competitiva no futebol, concorrem ao cargo máximo do Vasco o empresário Jorge Salgado, o executivo Julio Brant, o advogado Leven Siano e o escritor Sérgio Frias, além do médico ortopedista Alexandre Campello, que busca a reeleição. Agora, vamos (tentar) explicar para você o que acontece em São Januário e porque essa é uma eleição histórica.