Evidências

Programada para o ouro, seleção de vôlei conquista um bronze que ficou pequeno para o que o time fez em Paris

Paulo Favero do UOL, de Paris REUTERS/Annegret Hilse

Não teve como negar as aparências e disfarçar as evidências. A seleção brasileira feminina de vôlei deixa os Jogos de Paris com a medalha de bronze após um torneio quase perfeito que, por detalhes, não foi de ouro. Nas cinco vitórias na França, só um set perdido, no último jogo. O problema é que o torneio olímpico pede seis jogos para seus medalhistas. E o Brasil perdeu por 3 a 2 para os EUA na semifinal...

Uma medalha olímpica significa muito. É um privilégio. Uma coroação de um trabalho duro. Claro que queríamos chegar à final, mas esse bronze também é muito comemorado e buscado. Representar nosso país é uma honra, ter uma medalha olímpica no peito é uma honra. É só alegria". Rosamaria, oposto da seleção.

A conquista marca a sétima medalha nas últimas oito edições dos Jogos Olímpicos para o Brasil. Chega com um atropelo sobre a Turquia em uma partida emocional. Zé Roberto chorou depois que Thaisa marcou o último ponto. A central, veterana que chegou a seu terceiro pódio, também chorou.

Os dois representam a mudança: aos 70 anos, Zé Roberto ainda não decidiu se, depois de sua quinta medalha olímpica, vai seguir na seleção de vôlei. E Thaisa não vai seguir na equipe, após sofrer tanto com o joelho.

Não é tristeza. Gabi é a capitã que qualquer time se orgulharia de ter. Ana Cristina é a revelação que mostrou consistência. E todas, nesse meio do caminho, mostraram que podem carregar esse legado.

REUTERS/Annegret Hilse
Mehmet Murat Onel/Anadolu via Getty Images Mehmet Murat Onel/Anadolu via Getty Images

Veteranas e novatas por um objetivo

O Brasil foi para Paris com um time que, apesar de ter mostrado resultados nos últimos três anos, era uma incógnita. Se na edição anterior dos Jogos pôde contar com o talento de Fê Garay e da líbero Camila Brait, desta vez a base era formada por Gabi e Rosamaria, que eram as novatas da última Olimpíada. Eram as duas que precisavam promover a consistência para que as novatas tivessem segurança para performar.

Atletas como Ana Cristina e a líbero Nyeme, em sua estreia olímpica, tiveram uma responsabilidade grande para seus 20 e poucos anos. Mas provaram ser o futuro da seleção. A primeira, mostrou que tem talento para operar ao lado de Gabi e fez uma Olimpíada consistente. A segunda, fez um torneio de gente grande como uma das principais líberos do torneio.

Além delas, outros nomes se fortaleceram para fazer parte do grupo que já olha para os Jogos de Los Angeles, em 2028: Tainara, Lorenne, Júlia Bergmann e Kisy. A medalha conquistada em Paris mostra que o projeto tem rumo, mas o terceiro lugar indica que é preciso de reforços para chegar a um lugar mais alto.

Para Zé Roberto, o principal do grupo foi a união entre as atletas, que conseguiram deixar as polêmicas das redes sociais de lado para focar no objetivo comum. Agora, são mais quatro anos para lapidar a seleção e tentar outra medalha consecutiva, quem sabe de uma cor diferente da conquistada em Paris.

Steph Chambers/Getty Images

Cinco medalhas e uma dúvida para Zé Roberto

Desde 9 de agosto de 1992, quando o Brasil foi campeão olímpico com o time masculino (também sob o comando de José Roberto Guimarães), todas as edições dos Jogos deram pelo menos uma medalha ao vôlei de quadra do país, fosse aos homens ou às mulheres. Um hábito que corria o risco de não se repetir em Paris, mas que foi mantido com a vitória deste sábado.

"A gente tem que, toda vez, valorizar muito essa medalha de bronze. Terceiro lugar é importante, ser um medalhista olímpico é importante, isso é história. E elas valorizaram isso o tempo inteiro", destacou Zé Roberto. "Foi extremamente importante a atitude delas, ter ganhado essa medalha, ter representado o nosso povo da forma como nós representamos. Todo mundo viu que a gente caiu lutando, que a gente caiu de pé. E quando acontece isso, o povo brasileiro reconhece."

Para Zé Roberto, a medalha de Paris será sua quinta em Jogos Olímpicos. Depois do título com os homens em Barcelona 1992, foi ao pódio mais quatro vezes com a seleção feminina: ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, prata em Tóquio 2020 e, agora, bronze na capital francesa. Mas será que ele volta para Los Angeles 2028?

"A gente combinou de conversar com a Confederação, de fazer um retrospecto de tudo que aconteceu, de como foi o ciclo. A gente se preparou bem. O futuro, eu não sei, sinceramente. Não me preparei para esse momento. A gente tem que curtir, comemorar e, depois, conversar com o Radamés [Lattari, presidente da CBV] e com o Jorge [Bichara, diretor técnico da entidade] para a gente definir. Eu tenho família, tenho um momento de coisa para pensar, mas vamos ver. Papai do céu vai mostrar o caminho."

É uma frustração não ter conseguido o ouro, todo mundo estava com essa cabeça, mas a vida é assim. A gente tem de valorizar muito a medalha de bronze

José Roberto Guimarães

NATALIA KOLESNIKOVA/AFP NATALIA KOLESNIKOVA/AFP

Uma nova capitã

A ponteira Gabi foi o termômetro do time nos Jogos de Paris. Sempre que jogou bem, a seleção venceu e deu alegrias para o torcedor. A medalha de bronze coroa suas atuações e, apesar de querer muito o ouro, ela deixa a competição com o sentimento de que entregou tudo em quadra.

Gabi não foi apenas a referência técnica durante as partidas, mas também o apoio para as jogadoras fora dela. Aos 30 anos, ela liderou o time e ajudou o grupo a se levantar principalmente após a derrota para os Estados Unidos na semifinal —em que ela própria disse que não atuou bem. Com o bronze, ela alcançou sua segunda medalha olímpica seguida (foi prata em Tóquio) e mostrou que é a líder dessa equipe.

"Eu tenho a sorte de poder trabalhar com o Zé há 12 anos, então ele, mais do que ninguém, conhece muito bem os Jogos Olímpicos. Tive grandes referências também. Tive a oportunidade de participar da geração bicampeã olímpica, então assim, referências não faltaram para mim", conta a jogadora.

Nosso objetivo era o ouro, tínhamos time pra isso. Mas conseguimos honrar tudo que a gente tinha feito. Saí da partida muito orgulhosa porque a gente conseguiu se reinventar. Fico feliz de termos feito um jogo muito lúcido e ter dado a verdadeira importância para o que significava essa partida

Gabi

LUIZA MORAES/COB LUIZA MORAES/COB

Thaísa se despede da Olimpíada

Thaísa foi campeã olímpica em Pequim 2008 e Londres 2012 e, depois das Olimpíadas do Rio, em 2016, quase foi forçada a abandonar o vôlei. Em 2017, ela sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo. Operou, voltou a competir à base de injeções de analgésicos e, até hoje, joga com uma proteção tão grande no local que merece o apelido de perna biônica.

Thaisa anunciou que não voltaria à seleção. Estava aposentada do cenário internacional. Não foi aos Jogos de Tóquio e juntou-se ao time de comentaristas da TV Globo. No entanto, o técnico José Roberto Guimarães pediu e, em 2023, Thaisa voltou para uma última caminhada olímpica.

Em Paris-2024, com 37 anos e no papel de liderança que cabe a uma veterana, dizia desejar que o resto do time vivesse momentos semelhantes: "Quero muito que elas sintam o que eu já senti. Elas merecem isso. Eu já senti duas vezes, quero sentir de novo, mas elas merecem muito viver isso porque não tem explicação ser campeão olímpico."

O ouro não veio. Uma derrota no quinto set contra os Estados Unidos impediu que o Brasil voltasse a uma final olímpica. Neste sábado, porém, ao lado de suas jovens companheiras, Thaisa coloca uma terceira medalha no peito. Um pódio que em 2017 parecia apenas um sonho distante e improvável.

Aqui está se encerrando um ciclo. Foi uma vida inteira dedicada a isso, tem meninas no meio voando. Peguei a Diana pelo braço e disse que ela era muito boa. Queria muito ter conseguido ajudar mais, mas esse bronze é um ouro pra gente

Thaisa

NATALIA KOLESNIKOVA/AFP NATALIA KOLESNIKOVA/AFP

Ana Cristina virou, aos 20 anos, uma veterana

Ana Cristina foi um dos grandes nomes do Brasil na conquista da medalha de bronze em Paris. Ela atuou como veterana em muitos momentos, mesmo com apenas 20 anos, e se tornou o rosto da nova geração da seleção em sua segunda participação olímpica.

"Acho que foi importante ter ido para Tóquio, foi uma experiência muito boa, estive com as meninas mais velhas, e pude absorver muito isso. Realmente observei muito elas, pude entender como elas se preparavam e coloquei um pouco disso aqui em Paris também", disse.

A jogadora compara as duas experiências, no Japão e agora na França, mostrando como o time evoluiu, mas também se renovou para conseguir se manter entre as melhores do mundo. Para ela, essa mescla entre juventude e experiência tem dado certo nas Olimpíadas.

"Eu acho que a principal característica é que a gente tem meninas mais novas, né? Em Tóquio eu era a mais nova, com 17 anos, a segunda mais nova, se não me engano, era a Rosa ou a Gabi, com 27. Esse ano a gente já tem mais as idades balanceadas, e tem outras meninas mais novas."

No ano passado, Aninha se machucou e precisou passar por uma cirurgia no menisco. "Desde quando fiz o exame, a ressonância no meu joelho, sabia que era menisco. Então, não levaria tanto tempo de recuperação a ponto de atrapalhar as Olimpíadas, mas eu fiquei com receio pela temporada. Aí consegui voltar depois a jogar no clube", contou antes dos Jogos.

Ela se recuperou, mas mesmo quando já estava bem, não era escalada com frequência pelo técnico italiano Stefano Lavarini, do Fenerbahce, da Turquia. Ficou com receio de chegar a Paris sem o ritmo ideal, mas mostrou em todas as partidas que o poder de fogo no ataque está calibrado.

As medalhistas

  • Julia Bergmann

    Ela abriu mão da faculdade de física que cursava nos Estados Unidos para se dedicar ao seu sonho de jogar vôlei. O diploma ela ainda não tem, mas a medalha carrega no peito.

    Imagem: Eurasia Sport Images/Getty Images
  • Rosamaria Montibeller

    Essa é a segunda Olimpíada em que a oposta participa. Nos Jogos de Tóquio, foi chamada como reserva, mas fez a diferença em um jogo contra a Rússia nas quartas de final e ficou com a vaga da Carol Gattaz.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
  • Nyeme Victória

    Nossa líbero é natural de uma pequena cidade no Maranhão, Barra do Corda. Jogadora do Minas Tênis Clube, o vôlei estava no sangue de Nyeme: sua mãe praticou o esporte até os sete meses de gestação.

    Imagem: Eurasia Sport Images/Getty Images
  • Tainara Santos

    A história da oposta/ponteira na seleção começou em 2019, quando foi convocada pela primeira vez e levou medalha de prata na Liga das Nações.

    Imagem: Christian Petersen/Getty Images
  • Lorenne Teixeira

    Ela joga no time de base da seleção brasileira desde 2012, quando tinha 16 anos. E estreou no Campeonato Sul-Americano Infanto Juvenil com medalha de prata.

    Imagem: ALEXANDRE LOUREIRO
  • Ana Carolina Silva

    A central foi medalha de prata nas Olimpíadas de Tóquio. Sua primeira convocação com o Zé Roberto aconteceu em 2014 para disputar o Montreux Volley Masters.

    Imagem: LUIZA MORAES/COB
  • Diana Alecrim

    A central acumula medalhas no Campeonato Paulista de Vôlei: subiu no pódio nos anos de 2019 (ouro), 2020 (bronze) e 2021 (prata). Foi convocada para a seleção pela primeira vez em 2021.

    Imagem: LUIZA MORAES/COB
  • Macris

    A levantadora tem história na seleção. Zé Roberto a convocou pela primeira vez para a seleção brasileira em 2015. Em 2019, foi considerada a melhor levantadora da Liga das Nações.

    Imagem: Wander Roberto/COB
  • Roberta Ratzke

    A levantadora se destaca no esporte desde muito jovem. Quando tinha 12 anos foi considerada ?Melhor Atleta do Ano? na liga paranaense. Chegou a seleção principal em 2015 e leva na bagagem a medalha de prata das Olimpíadas de Tóquio.

    Imagem: LUIZA MORAES/COB
  • Natinha

    A líbero é nova na seleção: sua primeira convocação foi em 2021. Contudo, já tem duas medalhas de prata com a amarelinha: Liga das Nações e Campeonato Mundial em 2022.

    Imagem: Wander Roberto/COB
Alexandre Loureiro/COB Alexandre Loureiro/COB

A campanha em Paris

O time de Zé Roberto estava focado: elas queriam trazer o ouro para casa. Redes sociais foram limitadas, treinamentos intensos e jogos impecáveis. Até as semifinais elas não perderam um set sequer, mesmo contra adversários poderosos como Polônia e Japão. Mas não foi o suficiente.

Elas estrearam contra o Quênia ainda em julho, três dias após a abertura dos jogos. As adversárias sequer conseguiram chegar a 15 pontos nos três sets que disputaram contra as brasileiras. Carol, nossa central, deu show. Foi fácil demais.

Zé Roberto elogiou. "O que eu gostei do jogo foi a seriedade com que o time encarou esse desafio. A gente sabe que o Quênia está um pouco abaixo das principais forças. E o nosso time foi sério, buscou cada bola e teve concentração durante todo o jogo", disse.

Em seguida, veio o Japão. E o cenário não foi muito diferente. O Brasil passou fácil em três sets em que o time asiático não trouxe perigo. Gabi foi a maior pontuadora do jogo, com 17 pontos, seguida por Ana Cristina, com 15,

Para fechar a fase de grupos, enfrentamos a Polônia. Esse jogo, sim, teve emoção - em pelo menos um set. Para fechar o segundo, o Brasil precisou de 38 pontos. Foi o terceiro mais longo da trajetória olímpica da modalidade, no feminino e masculino. Em mais um três a zero, o caminho para a sexta medalha está se afunilando.

Com show de Gabi e um sistema defensivo sólido, o Brasil venceu a República Dominicana por 3 sets a 0. Era chegada a hora de bater de frente com os Estados Unidos.

PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

A semifinal que doeu

A gente tinha vantagem histórica. Das 46 partidas entre Brasil e Estados Unidos, nós ganhamos 25. Desse número, seis confrontos foram em Jogos Olímpicos. Em Barcelona em 1992, perdemos o bronze. Em Sydney, em 2000, ganhamos.

E teve brigas pelo ouro. Em Pequim, em 2008, e em Londres, em 2012. Ganhamos das americanas e subimos no local mais alto do pódio. Em Tóquio, a revanche: ficamos com a prata.

Em Paris, quis o destino que Brasil e Estados Unidos se encontrassem no caminho da final. Era uma batalha de gigantes - e foi um jogaço. Daqueles de quem sabe a essência do vôlei. Foi a primeira vez que o Brasil perdeu sets nesses Jogos Olímpicos. Mas não dava mais para errar. Esse 3 x 2 para as americanas foi definitivo.

REUTERS/Annegret Hilse REUTERS/Annegret Hilse

Os medalhistas brasileiros

  • Larissa Pimenta (bronze)

    A chave é acreditar: Larissa é bronze no judô depois de muita gente (até uma rival) insistir que ela era capaz.

    Imagem: Wander Roberto/COB
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  • Willian Lima (prata)

    Dom e a medalha de prata: Willian sonhava em ganhar a medalha olímpica, e com seu filho na arquibancada. Ele conseguiu.

    Imagem: Wander Roberto/COB
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  • Rayssa Leal (bronze)

    Tchau, Fadinha. Oi, Rayssa: Três anos depois da prata em Tóquio, brasileira volta ao pódio em Paris e consolida rito de passagem.

    Imagem: Kirill KUDRYAVTSEV / AFP
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  • Equipe de ginástica (bronze)

    Sangue, suor e olho roxo: Pela primeira vez na história, o Brasil ganha medalha por equipes na ginástica artística. E foi difícil...

    Imagem: Ricardo Bufolin/CBG
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  • Caio Bonfim (prata)

    Buzina para o medalhista: Caio conquista prata inédita na marcha atlética, construída com legado familiar e impulso de motoristas.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Rebeca Andrade (prata)

    'Paro no auge': Rebeca leva 2ª prata, entra no Olimpo ao lado de Biles, Comaneci e Latynina, e se aposenta do individual geral.

    Imagem: Rodolfo Buhrer/Rodolfo Buhrer/AGIF
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  • Beatriz Souza (ouro)

    Netflix e Ouro: Bia conquista primeiro ouro do Brasil em Paris após destruir favoritas e ver TV.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Rebeca Andrade (prata)

    Ninguém acima dela: Rebeca ganha sua quinta medalha olímpica, a prata no solo, e já é recordista em pódios pelo Brasil.

    Imagem: Stephen McCarthy/Sportsfile via Getty Images
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  • Equipe de judô (bronze)

    O peso da redenção: Brasil é bronze por equipes no judô graças aos 57kg de Rafaela Silva.

    Imagem: Miriam Jeske/COB
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  • Bia Ferreira (bronze)

    A décima: Bia Ferreira cai para a mesma algoz de Tóquio, mas fica com o bronze e soma a décima medalha para o Brasil.

    Imagem: Richard Pelham/Getty Images
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  • Rebeca Andrade (ouro)

    O mundo aos seus pés: Rebeca Andrade bate Simone Biles no solo, é ouro e se torna maior atleta olímpica brasileira da história.

    Imagem: Elsa/Getty Images
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  • Gabriel Medina (bronze)

    Bronze para um novo Medina: Renovado após problemas pessoais e travado por mar sem onda, Medina se recupera para conquistar pódio olímpico.

    Imagem: Ben Thouard / POOL / AFP
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  • Tatiana Weston-Webb (prata)

    Ela poderia defender os Estados Unidos, mas fez questão de ser brasileira e ganhou a prata de verde e amarelo

    Imagem: William Lucas/COB
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  • Augusto Akio (bronze)

    Com jeito calmo, dedicação e acupuntura, Augusto Akio chegou ao bronze. Mas não se engane: ele é brasileiro

    Imagem: Luiza Moraes/COB
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  • Edival Pontes (bronze)

    Bronze sub-zero: Edival Pontes, o Netinho, conheceu o taekwondo quando ia jogar videogame; hoje, é bronze na 'categoria ninja'

    Imagem: Albert Gea/REUTERS
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  • Isaquias Queiroz (prata)

    Esporte de um homem só - Isaquias Queiroz segue soberano na canoagem e se torna 2º maior medalhista brasileiro da história olímpica.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Alison dos Santos (bronze)

    Piu supera tropeços em Paris, mostra que estava, sim, em forma e conquista seu segundo bronze olímpico.

    Imagem: Michael Kappeler/picture alliance via Getty Images
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  • Duda e Ana Patrícia (ouro)

    Dez anos depois do título nos Jogos Olímpicos da Juventude, Duda e Ana Patrícia são coroadas em Paris

    Imagem: David Ramos/Getty Images, Luiza Moraes/COB e Gabriel Bouys/AFP
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  • Futebol feminino (prata)

    Prata da esperança - Vice-campeã olímpica, seleção feminina descobre como voltar a ganhar e mostra que o futuro pode ser brilhante.

    Imagem: Alexandre Loureiro/COB
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  • Vôlei feminino (bronze)

    Evidências - Programada para o ouro, seleção de vôlei conquista um bronze que ficou pequeno para o que o time fez em Paris.

    Imagem: REUTERS/Annegret Hilse
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