Não teve como negar as aparências e disfarçar as evidências. A seleção brasileira feminina de vôlei deixa os Jogos de Paris com a medalha de bronze após um torneio quase perfeito que, por detalhes, não foi de ouro. Nas cinco vitórias na França, só um set perdido, no último jogo. O problema é que o torneio olímpico pede seis jogos para seus medalhistas. E o Brasil perdeu por 3 a 2 para os EUA na semifinal...
Uma medalha olímpica significa muito. É um privilégio. Uma coroação de um trabalho duro. Claro que queríamos chegar à final, mas esse bronze também é muito comemorado e buscado. Representar nosso país é uma honra, ter uma medalha olímpica no peito é uma honra. É só alegria". Rosamaria, oposto da seleção.
A conquista marca a sétima medalha nas últimas oito edições dos Jogos Olímpicos para o Brasil. Chega com um atropelo sobre a Turquia em uma partida emocional. Zé Roberto chorou depois que Thaisa marcou o último ponto. A central, veterana que chegou a seu terceiro pódio, também chorou.
Os dois representam a mudança: aos 70 anos, Zé Roberto ainda não decidiu se, depois de sua quinta medalha olímpica, vai seguir na seleção de vôlei. E Thaisa não vai seguir na equipe, após sofrer tanto com o joelho.
Não é tristeza. Gabi é a capitã que qualquer time se orgulharia de ter. Ana Cristina é a revelação que mostrou consistência. E todas, nesse meio do caminho, mostraram que podem carregar esse legado.