Walter cumpriu a mesma rotina durante oito temporadas. Treinava forte durante a semana, mas acompanhava os jogos do Corinthians no banco de reservas. Teve ano que deu para contar nos dedos de uma mão quando o caminho mudava e ele ia para o gramado.
Trabalhava cinco ou seis meses para jogar uma partida."
A missão era difícil. Durante todo esse período, Walter viveu à sombra de um dos maiores ídolos do clube. Era raro o momento em que Cássio dava um espaço para que o reserva tivesse uma sequência longa com a camisa alvinegra.
Aos 33 anos, Walter decidiu que era o momento de escrever uma nova história. Deixou a reserva de Cássio para ser titular e um dos mais experientes do elenco do Cuiabá, que disputará pela primeira vez o Brasileirão.
"Preferi sair para tentar algo a mais —mesmo que não desse certo. Pelo menos não fico com peso na consciência de não ter tentado", explica o goleiro, em entrevista ao UOL Esporte.