Quando o curitibano Wanderlei Silva subiu no ringue, montado no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, em novembro de 1996, para sua primeira luta de vale-tudo, começou a escrever uma história de nocautes, combates ferozes e muitas polêmicas. Então com 20 anos, ele viria a se tornar um dos grandes lutadores de MMA, esporte que dava seus primeiros passos nos anos 90.
Vinte e quatro anos e 51 lutas depois, Wanderlei Silva parece um homem diferente daquele que já foi apelidado de "Cachorro Louco" e que costumava chutar a cabeça de adversários caídos. Em entrevista ao UOL Esporte, o atleta (que ainda não se decidiu sobre sua aposentadoria definitiva) mostrou um lado menos conhecido. Falou sobre sua personalidade emotiva, sobre seu interesse por astrologia e sobre sua iniciação sexual no tatame da academia.
Também mostrou arrependimento pela briga pública que teve com o presidente do UFC, Dana White, depois ter fugido de um exame antidoping nos Estados Unidos. "Ganhamos muito dinheiro juntos e ele sempre me tratou com profissionalismo", reconhece.
Ele acaba de lançar sua autobiografia, "Wanderlei Silva Sem Coleira", escrita em parceria com os jornalistas Thiago Parijani e Luis Henrique Gurian. A seguir, contamos algumas histórias curiosas do livro e os melhores momentos de sua entrevista, que também pode ser vista em vídeo.