Senado aprova Márcio Fortes para presidir a Autoridade Pública Olímpica
Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília
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Wilson Dias/ABr
Márcio Fortes, agora presidente da APO, durante a sabatina à qual foi submetido no Senado Federal
Os senadores aprovaram em plenário, na tarde desta terça-feira (5) o nome do ex-ministro das Cidades do governo Lula, Márcio Fortes, para presidir a APO (Autoridade Pública Olímpica), criada para cuidar das obras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Mais cedo, os parlamentares já haviam avaliado o político em sabatina.
A indicação de Fortes foi feita pela presidente da República, Dilma Rousseff, no último dia 21 de junho. O mandato inicial de Márcio Fortes é de quatro anos, com possível renovação de mais quatro. Cogitado inicialmente para o cargo, o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles assumiu um posto acima de Fortes: o de presidente do Conselho Superior da APO.
Durante a sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Márcio Fortes reiterou o compromisso de garantir o bom funcionamento das obras de infraestrutura, transportes, comunicações, e segurança pública dos eventos esportivos.
"Ocupar o cargo de presidente da Autoridade Pública Olímpica é uma oportunidade para servir ao estado e à cidade onde nasci [Rio de Janeiro, que será sede dos Jogos Olímpicos de 2016], mas antes um enorme desafio, no sentido de garantir o cumprimento de uma missão de grande relevância nacional, na qual erros e atrasos são inadmissíveis", disse Fortes, à Agência Brasil.
A Autoridade Pública Olímpica vai acompanhar todo o processo de organização dos Jogos Olímpicos, e será responsável pelo gerenciamento das verbas e pela cobrança dos poderes políticos envolvidos com o evento. Pelo poder que detém, a nova entidade foi cobiçada por outros nomes envolvidos com o esporte, como o ministro Orlando Silva Jr.
O atraso na criação da APO chegou a gerar críticas do Comitê Olímpico Internacional (COI). A entidade que gere os Jogos Olímpicos pediu pressa no processo, que seria um dos últimos entraves para a cronograma da competição, que está relativamente adiantado.
Márcio Fortes foi integrante dos ministérios dos quatro últimos presidentes. No governo Collor, foi secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia na gestão do ministro Pratini de Moraes, em 1992.
No governo Itamar Franco, assumiu interinamente o Ministério de Minas e Energia em 1992, e presidiu o conselho de várias estatais, como Light, Furnas Centrais Elétricas, Eletrosul Centrais Elétricas e CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). Também integrou os conselhos de administração da Itaipu Binacional e da Eletrobras.