Contrato de sublocação desmente COB sobre caso de invasão à sede de confederação
Do UOL, em São Paulo
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Reprodução/ESPN Brasil
Imagens mostram pessoas ligadas ao COB entrando na sede da CBDG, no Rio
Contrato de sublocação feito em 8 de julho de 2011 desmente o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) para explicar a acusação de invasão feita pela CBDG (Confederação Brasileira de Desportes no Gelo). A entidade presidida por Carlos Arthur Nuzman alegava ser a responsável pelo pagamento do aluguel da sala usada como sede da CBDG, versão desmentida pelo contrato apresentado por reportagem da ESPN Brasil e noticiado pelo Blog do Juca Kfouri, no UOL Esporte.
Como fica atestado que o direito ao espaço cabia à CBDG, as imagens que mostram pessoas ligadas ao COB entrando na sala caracterizam, de fato, uma invasão. Segundo Miguel Peres, coordenador-técnico da CBDG, a invasão aconteceu no ano passado e foi comandada por funcionários do COB.
"Eles tiveram de chamar quatro chaveiros, porque era um trabalho complicado. A nossa gravação tem mais ou menos uma hora. Eu consegui identificar o Emilio Strapasson [ex-interventor da CBDG nomeado pelo COB], o Marcio Albuquerque, advogado do autor da ação, e o Bernardo Chamis. Só não consegui identificar a quarta pessoa", afirmou.
A CBDG diz que a invasão à sede da entidade, no Rio de Janeiro, seria uma espécie de "retaliação" por ser a única confederação a não apoiar Carlos Arthuz Nuzman na eleição presidencial do COB. Segundo Eric Maleson, tudo não passa de uma perseguição política, já que ele é o único adversário de Nuzman.
OPOSITOR QUESTIONA NUZMAN E MOSTRA INVASÃO DO COB À SEDE DE ENTIDADE
Nesta sexta-feira, o cartola mais importante do esporte olímpico brasileiro deve ser reeleito mais uma vez no COB com o apoio de 29 de 30 confederação, exceção feita à CBDG, que chegou a organizar um grupo de oposição.
"Quando o Nuzman soube desses encontros, ele chamou um por um e dias depois nós recebemos telefonemas dizendo que esses presidentes não estariam mais interessados em formar uma chapa de oposição", explica Maleson
O processo ao qual o dirigente se refere aconteceu ainda no primeiro semestre, quando os cartolas viviam a expectativa de que o COI (Comitê Olímpico Internacional) fizesse uma intervenção e impedisse que Nuzman acumulasse as presidências do COB e do Comitê Organizador dos Jogos de 2016.