Atletas que seguiram os passos das mães no esporte

Filhos de peixe

Por UOL Esporte

Não é fácil conciliar esporte de auto rendimento com a maternidade. E algumas atletas vão além, servindo de inspiração para os filhos seguirem seus passos no esporte. Neste Dia das Mães, veja quem são os esportistas filhos de mães atletas.

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Uma das promessas do vôlei brasileiro, a ponteira Ana Cristina, de apenas 16 anos, pode estar no grupo que representará o Brasil em Tóquio. Cria de quadra, a jovem é filha de Cecília Menezes de Souza, a Ciça, ex-atleta com vasta participação na Superliga.

Ana Cristina 

Ciça, ex-ponteira ao site Olimpíada Todo Dia em 2019

Desde os três meses de idade ela já ficava à beira da quadra. Conforme foi crescendo ela queria participar dos treinos. Ela sempre gostou do vôlei, mas de dois anos para cá percebi um interesse maior por parte dela, de querer transformar em profissão. Ela tem o porte perfeito, com potencial de altura e força.

Considerada uma das melhores jogadoras de vôlei de praia na atualidade, Duda Lisboa empilha conquistas ao lado da parceira Ágata. O incentivo veio de casa, acompanhando as competições da mãe, a ex-atleta Cida Lisboa, que foi sua primeira técnica.

Duda Lisboa

O levantador coleciona títulos com a seleção, incluindo o ouro na Rio-2016, o mundial, em 2010, e dois Pan-Americano (2007 e 2011). E não é à toa: ele é filho de Bernardinho e de Vera Mossa, uma das melhores jogadoras da sua geração. Ela foi a três Olimpíadas e conquistou o ouro no sul-americano em 1981. 

Bruninho

Os irmãos Solberg têm no DNA o gene do vôlei de praia. Também não é para menos: eles são filhos de Isabel Salgado, uma das pioneiras da modalidade. Pela seleção, a ex-jogadora conquistou o bronze no Pan de San Juan (1979) e o ouro do mundial sub-20, em La Paz-1976. 

Irmãos Solberg

Mãe de cinco filhos, a matriarca vê seus passos sendo seguidos por três deles. Carol (foto anterior) e Maria Clara formaram dupla por dez anos e foram vice-campeãs da temporada brasileira em 2007 e 2014/15. Pedro foi campeão do Circuito Mundial em 2008. 

Isabel Salgado

Há também atletas que não seguiram exatamente o esporte em que as mães brilharam. É o caso dos irmãos João (foto) e Antonio Marcari Oliva, filhos da rainha do basquete, Hortência. Eles escolheram o hipismo, mais especificamente o adestramento.   

João e Antonio

J. Tavares/Folhapress

Ainda assim, a veia de campeão deve ser de família. Enquanto Hortência foi ouro mundial em 1994 e prata na Olimpíada de 1996, João fez parte do time brasileiro que conquistou o bronze no Pande Lima em 2019 e Antonio é tetracampeão brasileiro nas categorias mini-mirim e mirim.

Hortência

Outra que também brilhou em um esporte diferente da mãe é Valeskinha, medalha de Ouro na Olimpíada de Pequim, em 2008, com a seleção brasileira de vôlei. A mãe dela é ninguém menos que Aída dos Santos 

Valeskinha

J. Tavares/Folhapress

A atleta do salto em altura foi, durante 32 anos, a brasileira com melhor desempenho na história dos Jogos Olímpicos. Na Olimpíada de Tóquio, em 1964, ela ficou em quarto lugar no salto em altura. Para homenageá-la, Valeskinha dedicou-lhe a medalha de ouro que ganhou em Pequim.

Aída dos Santos

J. Tavares/Folhapress

É maravilhoso (ganhar o ouro), um dever cumprido. Cumprido com a minha mãe, cumprido comigo, cumprido com todas as gerações que vierem. Ela tentou e por muito pouco não conseguiu. Mas agora está aqui, é dourada.”

Waleskinha, em 2008

Texto e roteiro: Ana Flávia Oliveira

Publicado em 9 de maio de 2021.