Brasil Surf Pro começa com mar mexido, acidente e adiamento do feminino

O Brasil Surf Pro 2010 começou nesta quinta-feira com ondas de 6 a 8 pés e mar mexido que transformaram a largada na corrida pelos títulos brasileiros da temporada em um verdadeiro desafio para os surfistas na Praia de Itamambuca, em Ubatuba, no litoral norte de São Paulo. Devido às condições muito difíceis, o início da categoria feminina foi adiado para sexta-feira e rolaram duas fases da masculina. Além disso, o surfista Alejo Muniz sofreu um acidente com o jet ski de apoio e foi encaminhado a um hospital.

As baterias desta quinta definiram os primeiros adversários dos 16 cabeças-de-chave da Divisão Principal do circuito da ABRASP (Associação Brasileira de Surf Profissional), que só entram na terceira rodada.

O pernambucano Cesar Aguiar, um dos estreantes na nova elite do surfe nacional, ganhou o primeiro confronto da história do Brasil Surf Pro, com o paulista Ricardo Ferreira. “O mar está storm, muito difícil, tive até cãibras lá dentro, mas consegui pegar uma direita que me garantiu o primeiro lugar”, afirmou o atleta que depois foi eliminado na primeira bateria da segunda fase, pelo cabofriense Victor Ribas e pelo paulista Alex Ribeiro.

O recorde do dia foi os 13,27 pontos do placar da vitória do paulista Flávio Nakagima na bateria que fechou a primeira fase do Brasil Surf Pro em Ubatuba. “É a primeira vez que participo da Divisão Principal, estou muito feliz de competir aqui no Brasil Surf Pro e o mar está desafiador. Não esperava bater o recorde do campeonato, tem atletas muito experientes competindo, não tem bateria fácil e espero fazer um bom resultado aqui pra começar o ano com o pé direito”, destacou.

O catarinense Alejo Muniz passou em segundo nesta bateria, mas saiu do mar contundido, pois o jet ski que está auxiliando os atletas acabou batendo em suas costelas. Alejo foi para o hospital tirar uma radiografia e sua bateria da segunda fase foi transferida para a sexta-feira.

Outro destaque da quinta-feira nas grandes ondas de Itamambuca foi o gaúcho Rodrigo Dornelles, que venceu as duas baterias que disputou nas difíceis condições do mar.