Fã de Medina matou até dia de trabalho para ver chegada do campeão

A chegada de Gabriel Medina ao Brasil nesta terça-feira mobilizou centenas de torcedores. Cerca de 300 pessoas foram ao Aeroporto de Guarulhos esperar o campeão. E entre um dos inúmeros fãs presentes no local, um deles roubou a cena. Giovani Matos, de 18 anos, chorou ao ver de perto o novo ídolo nacional.

Para estar em Guarulhos, o jovem inventou uma desculpa que pode lhe custar o emprego. Assistente de logística em uma empresa de São Paulo há cerca de duas semanas, ele disse para o chefe que não poderia ir ao trabalho para ficar com o pai que comemoraria as bodas de prata.

"Faltei no trabalho logo em minha segunda semana para tentar só fazer uma foto, mas não consegui. Os policias chegaram afastando todo mundo e até bateram em mim. Sabia que seria difícil por causa do tumulto, mas valeu muito a pena vê-lo de perto, prestigiar meu ídolo", disse Gabriel, que ficou perto de Charles Serrano, padrasto de Gabriel, mas a foto que tirou saiu toda borrada.

Nesta quarta-feira, Giovani pretende matar mais um dia de trabalho. Ele afirmou que irá a São Sebastião, no litoral paulista, para acompanhar o desfile de Medina pelas ruas do município.

"Agora é ir para Maresias ver o resto da festa. Vou ter de faltar de novo, mas vale a pena. Apesar de eu não saber surfar, acompanho bastante o esporte e gosto muito do Medina", afirmou.

Fenômeno principalmente entre os jovens, Medina atraiu não apenas curiosos que passavam pelo aeroporto ou esperavam parentes, mas também entendidos da modalidade. Era o caso do garoto Vitor Valentino, de 17 anos.

"Acompanho o Medina desde 2011, quando ele estava começando a estourar. Tem épocas que vou virado para o colégio, sem dormir, para acompanhar as baterias que acontecem na madrugada. Assisto a todas etapas. Este ano foi uma felicidade enorme poder vê-lo conquistar um título inédito", afirmou o jovem que foi ao aeroporto carregando uma bandeira especial feita para celebrar o título de Medina.

"Só consegui falar com a Simone (mãe) e Sophia (irmã). Não consegui nem chegar perto do Medina. Era muita gente em volta", disse.

Vitor estava acompanhado do amigo Pedro Galvão de Oliveira, também de 17 anos. Os dois saíram de São Paulo e foram de ônibus até Guarulhos.

"Pegamos muita chuva, chegamos molhados, mas valeu muito a pena ver o Medina passar com aquele troféu lindo.  Ele é um motivo de orgulho, provou que o brasileiro pode competir contra qualquer um no surfe", afirmou.