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Conheça os principais rivais de Gabriel Medina na temporada 2015

Aos 43 anos, Kelly Slater buscará o 12º título mundial nesta temporada - J.Sciulli/Getty Images
Aos 43 anos, Kelly Slater buscará o 12º título mundial nesta temporada Imagem: J.Sciulli/Getty Images

Mariano Kornitz

Do UOL, em São Paulo

27/02/2015 16h00

Enquanto na última temporada o jovem Gabriel Medina não passava apenas de uma grande promessa do surfe mundial. Agora o brasileiro é o homem a ser batido. Na temporada 2015, que começa neste dia 28 de fevereiro nas ondas da praia de Snapper Rocks, em Gold Coast, na Austrália, Medina será o foco das atenções da mídia, do público, e principalmente dos adversários.

A trajetória para o bicampeonato não será nada fácil para Gabriel Medina, que é também o atual campeão da etapa em Gold Coast. Em seu caminho o brasileiro encontra rivais e adversários de peso que tentaram atrapalhar sua conquista em 2014, como a lenda viva do surfe Kelly Slater, o australiano Mick Fanning (tricampeão mundial), o taitiano Michel Bourez e o havaiano John John Florence.

Esta é a primeira das 11 etapas do circuito mundial de surfe, que além da Austrália, onde são realizadas as três primeiras competições, ao longo do ano passa também por locações paradisíacas em praias no Taiti, Fiji, Havaí, Rio de Janeiro, África do Sul, Estados Unidos, França e Portugal.

Principais rivais

Kelly Slater – considerado o melhor surfistas de todos os tempos, aos 43 anos de idade, o norte-americano ainda é capaz de competir contra jovens com a metade de sua idade e vencer. Tanto que na temporada passada chegou à última etapa ainda com chances de conquistar seu 12º título mundial. Kelly Slater continua ditando as regras no circuito mundial e este ano com certeza não será diferente. Criado nas ondas de Cocoa Beach, na Flórida, Kelly Slater continua a redefinir o conceito de alta performance a cada bateria que disputa. Porém, depois de bater na trave na disputa pelo título mundial por três anos consecutivo, em 2015 Slater promete que fará de tudo para sair vitorioso.

Mick Fanning – o australiano já conta com três títulos mundiais na bagagem, e no ano passado, tentou atrapalhar a festa de Gabriel Medina. Com três vitórias em 2014, Fanning só saiu da disputa pelo título ao perder seu confronto contra Alejo Muniz na quinta fase da etapa decisiva disputada no Havaí, e foi obrigado a ver de perto toda a comemoração dos surfistas brasileiros. Criado nas ondas de Snapper Rocks, palco desta primeira etapa, o australiano entra na disputa com uma ligeira vantagem à seu favor.

John John Florence – terceiro colocado no ano passado, o jovem surfista nascido e criado no Havaí, é mais um na lista de rivais de Gabriel Medina. Apontado como um dos maiores talentos do surfe da atualidade, o havaiano de 20 anos de idade quer provar para o mundo que também é capaz de ser campeão. E isso ele já deixou bem claro com sua performance na temporada passada, com a vitória em Hossegor, na França, e outras três semifinais – Austrália, Taiti e Portugal. Florence foi também o surfista com o maior número de notas acima dos 9 pontos e ainda marcou algumas notas 10 na temporada passada.

Michel Bourez – o taitiano fez um excelente trabalho na última temporada, e as vitorias em Margareth River, na Austrália, e no Rio de Janeiro o ajudaram a fechar o ano na quinta colocação no ranking mundial. O “espartano”, como é conhecido entre os surfistas, domina a arte de entubar nas ondas e ainda é dono de uma linha de surfe forte, veloz e muito versátil. Depois de ser uma grata surpresa na temporada passada, este ano Bourez pretende firmar-se entre os principais candidatos ao título mundial.

Brasileiros no circuito mundial

Conhecidos como a “Brazilian Storm” (na tradução, “Tempestade brasileira”), esta nova geração de surfistas brasileiros há um bom tempo vem incomodando os estrangeiros no circuito mundial com vitórias e resultados expressivos. Liderados por Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, que parte para sua décima temporada, o esquadrão brasileiro conta também com o talento de Miguel Pupo, Filipe Toledo e Jadson André.

Apesar de ter sofrido duas baixas em relação ao ano passado, já que o catarinense Alejo Muniz e o carioca Raoni Monteiro não somaram pontos suficientes no ranking para garantirem suas vagas na elite do surfe mundial, a trupe brasileira conta com dois reforços de peso: Wiggolly Dantas e Ítalo Ferreira.

Wiggolly Dantas - Wiggolly ou Guigui, como também é conhecido, o jovem de Ubatuba (SP), é apontado como um dos surfistas brasileiros mais completos da atualidade. O apetite por ondas grandes e a performance em ondas tubulares são as principais características de Dantas. Levando em conta sua experiência em campeonatos, Wiggolly não deve demorar para se adaptar ao ritmo competitivo
do circuito mundial. O top 20 e a permanência na elite podem ser metas ao alcance. Porém, sua estreia acontece logo contra Gabriel Medina na Gold Coast.

Ítalo Ferreira – aos 20 anos de idade, o jovem surfista do Rio Grande do Norte chega para sua temporada de estreia na elite do surfe mundial. Ítalo é mais um fruto da nova geração progressiva do surfe brasileiro e promete ser mais um dos elementos da tempestade que vem agitando o circuito mundial. Apoiado no grande momento vivido pelo surfe brasileiro e em puro estado de crescimento e desenvolvimento. Ítalo pode ser um dos grandes candidatos ao prêmio de “calouro do ano”.