Contra doença incurável, surfista aposta no mar: 'meu corpo não treme'
Delphine Besson é uma surfista suiça para quem o mar é mais que um esporte - virou aposta de terapia contra uma doença que ainda não tem cura. Ela nasceu no Sri Lanka em 1983, mas foi adotada por cidadãos suíços quando tinha pouco mais de um mês de idade e aprendeu a surfar na adolescência.
Em junho do ano passado, um fato inusitado mudou a sua história. Besson foi diagnosticada com uma doença neurológica rara, que se caracteriza pela perda do controle dos músculos. Ela tem dificuldade de realizar simples tarefas do cotidiano, como caminhar ou segurar objetos quaisquer. Mas conta com o velho companheiro para superar seus limites.
“Eu não tive a oportunidade de surfar ou ver o mar desde que fui diagnosticada, mas eu tenho certeza que ele é bom para a superação da doença. Sem o surf na minha vida, esta luta não seria a mesma”, conta Besson, que hoje mora na Suiça, onde busca tratamentos para o distúrbio neurológico.
Delphine explica o porquê aposta no mar como terapia alternativa enquanto um tratamento adequado para a doença não é descoberto.
“Quando estou na água, me sinto em casa, livre. É como se nada pudesse me tocar. A água é o único lugar onde meu corpo não treme e eu mantenho a calma”, conta aos 32 anos.
Com uma rotina desgastante de muita dor e fisioterapia (inclusive na água, claro), Delphine Besson diz que continua lutando porque ainda tem esperança em voltar a pegar ondas.
“Não tenho escolha, se eu quiser voltar a viajar e brincar com os golfinhos no mar, tenho que continuar lutando. Aconteça o que acontecer, eu não vou desistir do surfe. Essa é a razão que me faz viver”, revela a surfista.
Ela não pode trabalhar, viajar, surfar, enfim. Mas há uma certeza que mantém a esperança de Delfine Besson. “Um dia eu voltarei a surfar.”
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