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Filipe Toledo define título aos 19 como alucinante e fala em título mundial

Mariano Kornitz

Do UOL, na Austrália

13/03/2015 06h57

Com apenas 19 anos, Filipe Toledo mostrou que é mais um nome da Brazilian Storm (Tempestade Brasileira) para se ficar de olho nesta nova temporada da Liga Mundial de Surfe. Com direito a uma onda nota 10, ele conquistou o título da primeira etapa do ano, na Austrália, e comemorou muito a disputa "alucinante" que o levou a levantar a taça. E ele já almeja até brigar pelo título mundial com o compatriota Gabriel Medina ao fim do ano.

"Foi uma das melhores vitórias da minha vida, minha primeira no WSL. Terminar a bateria com uma nota dez, com meu pai e meus amigos aqui, esse 'crowd' (público) brasileiro, todo mundo dando o suporte que eu preciso. E, claro, Deus me ajudando, me ajudou a semana inteira. Ajudou a definir a prancha que eu deveria cair, a escolher as ondas certas e ficar bem tranquilo", afirmou o filho do bicampeão brasileiro Ricardo Toledo.

Para Filipe, os treinos duros nos últimos três meses e a dedicação foram fundamentais para a conquista, em uma etapa complicada, já que a falta de boas ondas deixou os surfistas esperando por muito tempo e os apressou para disputar diversas rodadas em apenas dois dias.

"(O segredo) foi meu treinamento nos últimos meses. Só Deus e minha família sabem o quanto treinei, e de quanta coisa eu abri mão para que isso acontecesse, e, claro, muito contato com Deus, ele sempre me ajudando, sempre me apoiando. E eu sempre agradecendo", disse Filipe.

Com apenas 19 anos, o brasileiro já tinha visto compatriotas tendo sucesso. Agora, em vez de correr para abraçar um campeão, foi ele quem recebeu o calor dos amigos. "Isso significa muito para mim, sempre vi alguns do Brazilian Storm ganhando, e sempre torci. Estava na praia na final, abraçava... Significou muito ver todos eles me abraçando e dando parabéns, ver todo esse suporte brasileiro. Não tenho palavras para descrever o quão feliz estou", comemorou.

Agora, os planos são ficar mais alguns dias na Austrália e depois partir para pegar ondas e relaxar no Bali. Só depois disso ele viaja para Bells Beach, para a segunda etapa da Liga Mundial, no começo de abril. E, claro, ele quer que seja mais um degrau na caminhada para o título mundial.

"Bells é um lugar que eu gusto muito, amo surfar lá e me sinto bem. Com certeza vou dar meu máximo para manter esse ritmo e quem sabe conseguir mais uma final e um ótimo resultado. Sem dúvida eu vou para todas as etapas, dar meu máximo, para no fim do ano brigar pelo título mundial. Os surfistas provaram que esse ano vai ser alucinante para a gente. Vamos dar o máximo e lutar para o título mundial ficar na mão de um brasileiro", concluiu.