Não é só marolinha. Tempestade brasileira prova força na Liga Mundial
A primeira etapa da Liga Mundial de Surfe (WSL) deu mostras de que a tempestade brasileira – maneira como é conhecida a legião de competidores do país - veio para causar estragos em 2015.
O título de Filipe Toledo em Gold Coast (AUS) foi a cereja do bolo em um estágio no qual os atletas do país deram mostras de que o torcedor não precisa ficar de olho e na torcida apenas por Gabriel Medina. O campeão mundial, aliás, foi quem teve o segundo pior desempenho entre os sete surfistas nacional na elite. Caiu de forma precoce, ainda na terceira fase, terminando na 13ª colocação. Jadson Andre foi 25º.
Exceção a isso, a praia de Snapper Rocks foi palco da afirmação brasileira. Fora, três surfistas nas semifinais e mais dois nas quartas de final. Reflexo disso está no ranking mundial, com cinco atletas entre os 12 melhores. No restante, são cinco australianos, um irlandês e um sul-africano.
A atuação de Toledo, de 19 anos, foi de longe a que mais chamou a atenção. E não apenas pelo seu primeiro título na elite, mas pela maneira como o conquistou.
Com exceção da primeira fase, terminou na primeira colocação nas outras seis baterias que disputou.
“Após este evento, tenho certeza que este será um grande ano para todos os brasileiros na elite. O ano passado já foi fantástico e fiquei muito orgulhoso do Gabriel (Medina). A vitória dele serviu como uma grande motivação para mim”, falou Filipinho, maneira como é conhecido no circuito.
Motivação para ele e os demais. Adriano de Souza, o Mineirinho, é outro que se aproveitou dos bons fluidos e obteve seu melhor resultado em mais de um ano. Mais experiente brasileiro na elite, o atleta de 28 anos alcançou uma semifinal, algo que não fazia justamente desde a etapa de Gold Coast (AUS) de 2014. Um bom início após perder a última etapa do campeonato do ano passado em virtude de fratura no nariz.
Os estreantes na elite também deram mostras de que o Brasil é só Medina em 2015.
Ítalo Ferreira, de 20 anos, chocou a todos na segunda fase. Eliminou a lenda Kelly Slater, dono de 11 títulos do circuito mundial. O brasileiro, que nunca havia disputado nem sequer uma etapa na elite mundial, conseguiu avançar até as quartas de final.
Mais velho mas também novato no WCT, Wigolly Dantas, de 26 anos, avançou até as quartas de final. No caminho, conseguiu bater o irlandês Glen Hall, que havia sido o algoz de Gabriel Medina.
Méritos também para Miguel Pupo, que caiu na semifinal para Toledo e ocupa a terceira posição do ranking.
Em tempo, a tempestade brasileira voltará a se reunir entre os dias 1 e 12 de abril em Bells Beach (AUS) pronta para fazer um novo estrago.
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