Medina não surfava tão mal desde 2013. Agora vem para o Brasil sob pressão
O atual campeão mundial de surfe está em má fase. Em Margaret River, terceira etapa da Liga Mundial de Surfe (WSL), Gabriel Medina foi eliminado logo na 2ª rodada. O brasileiro não sofria uma eliminação tão precoce desde o final de 2013, quando caiu na mesma fase na etapa de Portugal para o compatriota Alejo Muniz.
Ao longo de todo o ano passado, quando conquistou o título mundial até então inédito ao surfe nacional, Medina não teve sequer um resultado tão ruim. Sua pior colocação foi uma 13ª colocação, o que equivale à eliminação na 5ª rodada.
Em 2014, das 11 etapas do circuito mundial de surfe, Medina ganhou três, teve um vice-campeonato, ficou em quinto lugar quatro vezes, parou na nona colocação numa ocasião e amargou um décima terceira posição duas vezes.
Isto é, Medina chegou pelo menos até a 5ª rodada em todas as etapas – regularidade que foi fundamental à conquista do título mundial.
Nesse ano, em apenas três etapas, Medina já tem dois péssimos resultados à luz da temporada passada. Estreou em Gold Coast caindo na 3ª rodada; melhorou em Bells Beach chegando até as quartas de final; e voltou a amargar péssimo resultado em Margaret River, caindo na 2ª rodada para o desconhecido Jay Davis, que surfou como “wildcard”, surfista convidado pela WSL. Dessa forma, é possível cravar que Medina tem início de temporada decepcionante.
Seja qual for o motivo da má fase (desde a pressão de ser o atual campeão, até escolhas erradas nas ondas), o fato é que Medina não tem mais margem para continuar surfando tão abaixo do seu nível em 2015. Sua gordura moral acabou. Está na 9ª colocação do ranking mundial e deve perder posições com o término da etapa de Margaret River.
Quando se compara o início de temporada de Medina com o de Filipe Toledo e Mineirinho, aliás, fica evidente que o campeão mundial está aquém do seu nível e não é o melhor surfista brasileiro nesse início de temporada.
Portanto, Gabriel Medina terá que conviver com pressão ascendente após mais um resultado ruim em 2015. A próxima etapa da Liga Mundial de Surfe é no Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, entre 11 e 22 de maio – cenário que pode ser redentor para ele, ou pode colocá-lo de vez no olho do furacão. Se quiser lutar pelo bicampeonato mundial, o surfista de São Sebastião precisa voltar a dar tudo de si dentro d’água.
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